Alterações físicas causadas por longo tempo no espaço são conhecidas e esperadas. Porém, cientistas da Universidade Médica da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, realizaram pesquisas que mostram as alterações causadas no cérebro dos astronautas.
Foram analisados 34 astronautas, sendo que 18 deles estiveram em missões de longa duração no espaço. Outros 16 participaram de missões de curta duração. Os exames revelaram que os que ficaram mais tempo no espaço sofreram mudanças mais drásticas: seus cérebros se encontravam em uma posição mais alta dentro do crânio.
Além disso, o fluído cerebroespinhal, líquido que envolve todo o cérebro dentro da caixa craniana, estava mais fino em relação ao que eram antes da viagem. Nenhum dos astronautas das missões de curta duração sofreu essas alterações.
Outra mudança sentida mais pelo primeiro grupo foi o estreitamento do sulco central. Esse sulco separa os lóbulos frontal e parietal do cérebro.
Segurança dos astronautas
O Dr. Michael Antonucci, um dos coautores do estudo, fala sobre os benefícios que essas novas informações irão trazer para a segurança de astronautas e pessoas que fizerem viagens espaciais no futuro. “As mudanças que observamos podem explicar os sintomas incomuns sentidos por astronautas que voltaram da estação espacial, e podem ajudar a identificar questões chave no planejamento da exploração espacial de longa duração, incluindo missões para Marte”, disse em nota.
Segundo os pesquisadores, mais estudo serão realizados. O principal objetivo agora é determinar se essas alterações são reversíveis ou não. Sintomas apresentados por astronautas que participaram de missões longas incluem perda parcial da visão, inchaço do disco ótico e aumento da pressão no crânio.