Na maioria das vezes, as pessoas não fazem ideia do que vai acontecer no fim da vida. Os cientistas explicam que, ao contrário do que as pessoas pensam, morrer se trata de um processo.
Uma pessoa à beira da morte assume uma série de comportamentos físicos e psicológicos que muitas vezes confundem e incomodam os familiares e pessoas próximas. A Dra. Nina O’Connor, diretora de cuidados paliativos do Sistema de Saúde da Universidade da Pensilvânia, explica o comportamento. “Frequentemente, pessoas que estão morrendo ficam muito focadas em suas famílias e coisas importantes que precisam fazer antes de morrer”, explica.
Além disso, pessoas com doenças em estado avançado costumam sentir muito cansaço e sono, em alguns casos dormindo por boa parte do dia. Isso acontece devido ao desgaste provocado pela própria doença, ou possíveis remédios que o paciente possa estar tomando, como analgésicos, que não raramente causam sono.
Outra mudança frequente diz respeito ao apetite. Pessoas hospitalizadas ou muito debilitadas tendem a comer menos e isso se deve a uma série de fatores. Em muitos casos, o intestino não funciona corretamente e não faz a sua parte da digestão, o que pode causar náuseas e enjoo. Além disso, o olfato e o paladar são os primeiros sentidos que deixam de funcionar em uma pessoa próxima da morte, o que torna o alimento menos atrativo.
Uma pessoa debilitada também pode ter os movimentos, a fala e até mesmo o raciocínio funcionando de forma muito lenta. O corpo também pode ter dificuldade em manter a temperatura, fazendo com que o paciente fique muito quente ou muito frio.
Quando é constatada morte cerebral, ou seja, quando o cérebro para de emitir e receber impulsos elétricos e o coração para de bombear sangue, a pessoa é declarada oficialmente morta, podendo ocorrer em alguns casos a falência de apenas um desses órgãos.
Experiências de quase morte
Em casos de falência do coração, algumas pessoas conseguem ser “ressuscitadas”. Não é raro que essas pessoas, quando voltam, conseguirem descrever com exatidão situações que ocorrem ao redor quando estavam desacordadas, como procedimentos e conversas. São as chamadas experiências de quase morte.
Os especialistas acreditam que esses fenômenos, que incluem a visão de luzes e outros elementos, são um outro tipo de sonho lúcido. Os médicos também associam a experiência de quase morte à privação de oxigênio no cérebro.