Milhões de pedaços de foguetes, satélites obsoletos e outros materiais orbitam a Terra, podendo causar uma série de problemas. Cientistas chineses dizem ter encontrado uma solução para lidar com esse lixo espacial: destruir tudo com lasers.
O estudo foi publicado na revista científica Optik e consiste no lançamento de estações que orbitariam o planeta armados com raios laser. O projeto diz que essas estações poderiam mirar e destruir objetos tão pequenos quanto 10 centímetros de diâmetro. Detritos maiores poderiam ser apenas empurrados para longe, evitando colisões com lançamentos de satélites e foguetes em geral.
Não é a primeira vez que uma solução para o problema dos detritos espaciais é sugerida. No passado, tivemos ideias como arrastar os detritos para fora da órbita terrestre, prendê-los em uma espécie de rede orbital e até mesmo diminuir sua velocidade, fazendo com que caíssem rumo à superfície da Terra e fossem queimados na descida pela atmosfera.
Porém, a solução proposta pelos cientistas da China pode ser a mais bem sucedida entre todas. As estações propostas por eles poderiam disparar 20 vezes por segundo sem interrupção por até dois minutos.
Um exemplo dos problemas que os detritos espaciais podem causar ocorreu em 2015, quando parte da tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS) teve que evacuar seus aposentos devido à ameaça de colisão de um satélite desativado que, felizmente, acabou não acontecendo.
Prós e contras
A ideia parece promissora, mas uma série de fatores dos mais diversos deve ser levada em conta antes de o projeto ser colocado em prática, principalmente em relação à logística. É preciso determinar quem seria o responsável pela construção das estações, quantas seriam construídas e quanto isso custaria.
Outro fator que deve ser analisado é em relação ao uso das estações de laser, que pela descrição do projeto, poderiam ser usadas até mesmo como armas nas mãos de quem quisesse usá-las dessa forma.
Talvez a solução para o problema do lixo espacial aconteça a longo prazo, com formas de evitar a produção de detritos na órbita terrestre.
