Todos nós já sabemos que a Nasa, a agência espacial americana, é a maior referência mundial quando se trata de astronomia, bem como ciência e tecnologia. Mas agora, ela ganhou as manchetes em outra área famosa de estudo: a paleontologia.
Tudo começou em 2012, quando o cientista e caçador de fósseis Ray Stanford viu um pedaço de pedra saindo do asfalto do estacionamento do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa, na cidade de Greenbelt, no Estado Maryland, nas proximadades da capital, Washington.
Stanford juntou alguns colegas e começaram a realizar escavações no local. E após alguns anos de trabalho, a partir daquele pequeno pedaço de pedra, encontraram diversas pegadas de mamíferos e dinossauros, que teriam idade aproximada de 100 milhões de anos.
O grande destaque da descoberta é que essa seria uma das primeiras evidências de interação entre as duas espécies. A amostra escavada tem 2,4 metros de largura e possui, aproximadamente, 70 polegadas de oito animais diferentes, entre mamíferos pequenos e dinossauros de grande porte.
Outro ponto destacado pelos pesquisadores é que a rocha em que foram encontradas as pegadas preservou a vida dos animais do local ao invés da forma em que morreram, o que revela mais detalhes sobre a ecologia do local. As pistas dão a entender que o estacionamento da Nasa teria um sido um pântano na época em que os animais deixaram os rastros.
Voltando a falar das pegadas, entre os dinossauros, os pesquisadores identificaram rastros de Saurópodes, Terópodas, Pterossauros e espécies semelhantes aos famosos Velociraptors e o Tiranossauro Rex.
Um detalhe curioso é que pegadas de um Nodossauro adulto também foram identificadas e estavam acompanhadas dos rastros de um filhote da mesma espécie, que pode se tratar de um par pai/mãe-filho, que viajavam juntos.
Já entre os mamíferos, as pegadas seriam de animais de espécie menores e são parecidas com as de esquilos e cachorros, o que se encaixa com exemplares que viviam na época. É provável que muitos deles estavam fugindo dos dinossauros e andavam juntos para conseguirem comida.
“Podemos ter uma noção de como foram alguns dias de atividade desses animais. Vemos a interação e como passaram uns pelos outros. Isso vai nos permitir analisar melhor os primórdios da Terra. É muito empolgante”, disse Stanford.