Parecendo saída de um cenário de fantasia, a montanha Vinicunca, ou Montanha das Sete Cores, no Peru é um dos cenários mais impressionantes de todo o mundo. Mas como se formaram as cores que levam milhares de turistas todos os anos à cordilheira de Vilcanota?
A história da Montanha das Sete Cores data do tempo em que os dinossauros andavam sobre a Terra. Vinicunca se formou entre 65 e 2 milhões de anos atrás, como um depósito de sedimentos aquáticos que foram se acumulando no local, que um dia já foi completamente submerso.
Os minerais foram naturalmente se agrupando e com o recuo das águas e o movimento das placas tectônicas, esse depósito de sedimentos foi sendo lentamente erguido, até se tornar a imensa montanha que é hoje, com 5200 metros acima do nível do mar.
As cores se devem a oxidação de diferentes tipos de minerais ao longo do tempo, com cada cor sendo formada majoritariamente por um tipo. Segundo o geólogo César Muñoz, da Sociedade Geológica do Peru, baseado em um estudo do Escritório de Paisagismo Cultural, esses minerais são: argila vermelha, areia, arenito, calcário, marga, silicato, argilito, óxido de cobre e limonite, em diversas misturas e concentrações.
A Montanha das Sete Cores teve um crescimento turístico recente e alguns acreditam que isso seja resultado de mudanças climáticas, já que a montanha teria sido coberta por neve durante muito tempo. No entanto, segundo os órgãos peruanos, os nativos da região afirmam que não nevou no Vinicunca nos últimos 70 anos.
Perfeita para o Instagram
O recente sucesso turístico da Montanha das Sete Cores se deve, provavelmente, à era das redes sociais e os perfis focados em viagens no Facebook e principalmente no Instagram, onde a montanha é uma das preferidas por proporcionar um cenário único para fotos artísticas.
Atualmente, o monte atrai cerca de mil turistas por dia, apesar da altitude. Ele figura nas principais listas de turismo, como por exemplo, a lista dos “cem lugares que você deve conhecer antes de morrer”, feita pelo site da Business Insider.
