Há algum tempo os cientistas vêm reunindo evidências de um nono planeta do Sistema Solar, mas parece que ele pode ser algo totalmente diferente. Algum objeto, que teoricamente poderia ser o tal planeta, está alterando as órbitas de outros objetos na borda externa do Sistema Solar, além da órbita de Netuno. Mas agora ninguém tem muita certeza do que é.
A nova hipóteses não vem apenas dos astrônomos, mas de dois astrofísicos das universidades de Cambridge, no Reino Unido e Beirute, no Líbano. Segundo Antranik Sefilian e Jihad Touma, as alterações detectadas nas órbitas viriam não de apenas um, mas de vários objetos no Cinturão de Kuiper, também chamados de objetos transnetunianos, por transitarem depois da órbita do último planeta do nosso sistema.
Através de simulações de computador, os cientistas substituíram o hipotético nono planeta do Sistema Solar por um também hipotético disco formado por objetos menores, também localizado além da órbita de Netuno. Eles fizeram os cálculos matemáticos envolvendo os desvios nas órbitas de outros objetos e a gravidade de todos os corpos envolvidos e puderam explicar esses desvios com clareza, provando que a possibilidade de um disco de objetos menores é tão grande ou até maior do que a teoria do nono planeta.
Nem um, nem outro, muito pelo contrário
No entanto, os astrofísicos apontam que as duas teorias, tanto a dos objetos menores, quanto a do nono planeta do Sistema Solar, possuem um problema. Para que ambas pudessem ser aplicadas, o Cinturão de Kuiper deveria ter uma massa algumas vezes superior à da Terra, enquanto na verdade, a massa calculada do cinturão varia entre 4 e 10% à do nosso planeta.
Com isso, os cientistas acreditam em duas possibilidades. A primeira indica que na verdade o Cinturão de Kuiper é muito maior do que acreditamos, enquanto a segunda diz que as duas teorias iniciais estão certas, havendo tanto um disco formado por objetos menores, como também um nono planeta do Sistema Solar.
