Vírus são combatidos com medicamentos, vacinas e outros recursos – que só existem na era moderna, diga-se. Mas alguns simplesmente desaparecem do mapa, como se nunca tivessem existido.
A ciência ainda tenta entender como isso acontece, já que existem poucos exemplos ao longo da história de doenças que não receberam nenhum tipo de combate e prevenção adequados, mas desapareceram.
Dois dos exemplos mais conhecidos pela ciência aconteceram em épocas bem distintas. O primeiro remonta ao século XI, na Inglaterra, quando invasores vikings foram trucidados não só pelas forças do rei saxão Aethelred II, como pelo vírus da varíola.
Acontece que, hoje se sabe, esse não é o mesmo vírus moderno da varíola, e ele desapareceu da mesma forma que surgiu, do nada.
Já o segundo caso conhecido é bem mais moderno, surgido no início do século XXI, com o vírus causador da Sars, epidemia parente da covid-19, que também surgiu na China e tinha um potencial tão devastador quanto.
Só que em menos de um ano, em janeiro de 2004, já não haviam mais casos registrados. Não houve tempo para desenvolver vacinas ou qual quer tipo de imunização.
Os especialistas dizem que esses dois casos são provavelmente fruto de uma sorte muito grande. Tanto as características dos próprios vírus, como o ambiente em que as infecções ocorreram, colaboraram para que eles perdessem a batalha para si próprios.
É claro que esse seria um desfecho ideal para a pandemia de covid-19, mas isso é altamente improvável.
Circunstâncias
O problema com o coronavírus e outros vírus modernos, como o do ebola, por exemplo, é que eles não só possuem uma taxa de contágio muito alta, como também possuem algumas variáveis a se favor.
Uma delas, por exemplo, é o fato de que eles não têm apenas os seres humanos como opções de hospedeiros.
Simplificando a questão, mesmo que um vírus seja erradicado entre os humanos, ele continuará sendo hospedado por animais, que poderão reinfectar os seres humanos, dando início a uma nova onda de contaminações.
Até hoje, apenas 2 vírus foram erradicados com vacinas e prevenção: o da varíola e o da peste bovina.
