No final do período Permiano, a Terra passou por sua maior extinção em massa já registrada e tudo começou com uma série de erupções vulcânicas, praticamente uma reação em cadeia, que alterou o clima do planeta drasticamente.
Na ocasião, 9 de cada 10 espécies marinhas foram dizimadas, além de aproximadamente três quartos da vida terrestre, em uma catástrofe nunca antes vista.
O processo de extinção não foi imediato, levou algumas centenas de milhares de anos, e começou com erupções sistêmicas na região onde hoje fica a Sibéria, no norte da Rússia.
É difícil achar qualquer rastro dessa atividade vulcânica, embora se sabia que ela existiu, mas os cientistas parecem ter encontrado uma pista importante do evento.
Camadas de rochas vulcânicas apresentaram níveis incomuns de um determinado isótopo de níquel, que pode ter sido o principal responsável por ter literalmente sufocado a maioria dos animais que morreram naquela época.
O impacto maior aconteceu nos oceanos, que tiveram uma enorme perda de oxigênio em decorrência do aumento da temperatura, mas em terra, o efeito também foi devastador.
A alta nas quantidades de níquel pode ser verificada através de resíduos deixados por microrganismos que se alimentam do metal.
Esses resíduos aumentaram de forma significativa e, para corroborar com a tese, os mesmos microrganismos só conseguiriam se reproduzir tanto em ambientes com pouco oxigênio, daí, é só ligar os pontos para formar o cenário aterrador da época.
A maior das extinções
Embora seja a mais lembrada, a extinção que marcou o fim dos dinossauros, ocorrida muito tempo depois, não chegou nem perto do tamanho da Grande Morte do Permiano, como também é chamado o evento.
Além disso, a morte dos animais nessa extinção foi bem mais lenta em comparação com o que aconteceu com os grandes répteis.
O acontecimento acabou, na verdade, abrindo caminho para o início da era dos dinossauros, que surgiram a partir do período triássico. Eles reinariam livres pela Terra até a próxima grande extinção, a mais conhecida.