Criar cérebros microscópicos em laboratório não é exatamente uma técnica nova, mas nunca havia sido observado o surgimento de olhos neles.
Foi isso que um estudo mostrou recentemente, indicando que os pequenos organismos, que servem para estudar células-tronco e seus possíveis benefícios em diversos tratamentos, ganharam pequenos olhinhos primitivos.
As pequenas estruturas cerebrais crescem em recipientes e são baseadas em células-tronco de retiradas de cérebros humano ainda em desenvolvimento.
Dessa vez, a diferença observada foi que pequenos projetos de olhos começaram a se desenvolver neles, de forma parecida com o que ocorre em embriões humanos comuns. Embora um tanto bizarro, isso é algo muito bom.
Os cientistas esperam que o crescimento desses pequenos olhos ajude a entender o efeito das células-tronco não só em tratamentos cerebrais, mas também oculares, já que o desenvolvimento de ambos está obviamente relacionado.
As interações entre cérebro e olhos durante o desenvolvimento pode ser a chave para o tratamento de doenças oculares e cerebrais.
No passado, células-tronco chegaram a ser usadas para entender o crescimento e o desenvolvimento de globos oculares praticamente inteiros, mas é a primeira vez que o fenômeno é observado de forma derivada.
Isso abre uma nova gama de possibilidades a respeito do estudo de células-tronco, que já é um dos campos mais promissores da ciência nos últimos anos.
Cérebros em laboratório
Os organismos que desenvolveram estruturas oculares não são exatamente cérebros em miniatura, com capacidade de pensar.
Tratam-se de células coletadas de cérebros humanos e submetidas a um processo de engenharia biológica reversa, que as faz voltar a serem células-tronco. Dessa forma, elas podem dar origem a vários outros tipos de tecido humano, não apenas cerebral.
As pesquisas com células-tronco prometem salvar muitas vidas ao longo das próximas décadas, sendo a cura para diversas doenças, além de permitirem a regeneração de vários órgãos.
Esses estudos enfrentam resistência de alguns grupos religiosos, que consideram o uso das células-tronco embrionárias, principalmente, como moralmente errado.