A era das viagens espaciais turísticas começou, e é preciso pensar em tudo, tudo mesmo. Como seria, por exemplo, morrer no espaço?
As condições do ambiente são cruciais para o processo de decomposição do corpo humano após a morte, e o local do ocorrido – em outro planeta, por exemplo – seria crucial na hora de determinar o destino dos restos mortais.
Aqui na Terra, o processo de decomposição é mais do que conhecido: bactérias do corpo, bem como animais que vivem na Terra, colaboram para que tudo o que é orgânico seja consumido, com exceção dos ossos.
No espaço, isso seria diferente, já que diferentes condições de umidade e oxigênio, além da ausência de animais, fariam o processo ser outro, de acordo com cada ambiente.
Em um local sem oxigênio, mas muito úmido e ácido, por exemplo, não dá para descartar a possibilidade de um processo contrário ao que vemos na Terra: os ossos seriam consumidos, enquanto os tecidos moles, os primeiros a morrerem de fato, sobreviveriam de alguma forma.
É possível até que haja alguma espécie de mumificação natural se o corpo for exposto a um local muito seco.
Já no vácuo do espaço, por exemplo, a falta de oxigênio prejudicaria o próprio funcionamento das bactérias responsáveis por consumir o corpo, mudando o processo drasticamente.
Além disso, processos como a acumulação de sangue e o rigor mortis também seriam afetados pela ausência de gravidade.
Problema logístico
A verdade é que esse parece ser um problema bizarro, mas que vai se tornar realidade em alguns anos.
O mais provável é que os mortos no espaço, especialmente em outros planetas, acabem sendo incinerados, ou cremados, com algum sistema mais barato que provavelmente surgirá, já que deixar os corpos entrarem em decomposição não parece ser uma alternativa fácil.
Não é absurdo pensar em empresas que se especializarão nesse tipo de serviço, verdadeiras funerárias espaciais, lucrando com a morte infeliz de pessoas que vão pagar milhões de dólares para sair da Terra.
Ir ao espaço já é uma realidade, então é preciso realmente pensar em tudo.