Um pouco mais que ‘um minuto para o fim do mundo’. Um boletim dos Cientistas Atômicos publicado na última quinta-feira (20) alerta que faltam apenas 100 segundos para o Juízo Final.
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De acordo com os pesquisadores, a situação da humanidade pode não ser tão confortável quanto se imagina, já que a marca de 100 segundos no relógio pode simbolizar ‘o fim da odisseia terrestre’.
De acordo com a professora da Universidade George Washington Sharon Squassoni e co-presidente do Conselho de Ciência e Segurança, “estamos presos em um momento perigoso – que não traz estabilidade nem segurança”.
O Relógio do Juízo Final
Todos os anos, os cientistas do Boletim analisam o Relógio do Juízo Final, criado em 1947 por Albert Einstein e um grupo de pesquisadores da Universidade de Chicago.
O intuito é demonstrar o quão perto estamos do ‘fim da aventura humana na Terra’. Na época em que o indicador foi desenvolvido restavam somente 7 minutos, por exemplo. No entanto, os últimos dois anos (2020 e 2021) começaram a preocupar.
Cada vez mais perto de um apocalipse, é como se o planeta estivesse se compactando em um único ano.
Conforme ensina o pesquisador da Universidade de Cambridge, SJ Beard, é como se a vida surgisse em março, organismos multicelulares em novembro, dinossauros em dezembro e os humanos na porta do Ano-Novo.
Para resumir de forma clara e objetiva, o ex-diretor executivo do Boletim, Kennette Benedict, descreve que “é um alerta ao público sobre o quão perto estamos de destruir nosso mundo com tecnologias perigosas de nossa própria autoria. É uma metáfora”.
Segura, peão!
Não é de hoje que escutamos o planeta implorando pelo fim das ameaças provenientes de armas nucleares, tecnologias disruptivas, além de pedir socorro devido as mudanças climáticas que o assolam cada vez mais.
No entanto, os cientistas atômicos explicaram no ano passado que todos esses fatores fazem parte de “uma ecosfera de informações corrompidas que prejudica a tomada de decisões racionais” – o que faz com que seja tarde para uma melhora significativa em relação a última ‘volta no ponteiro do relógio para viver’.
Dessa forma, não bastam apenas boas intenções para assegurar que o Relógio do Juízo Final se manterá nos 100 segundos, é necessário “evidências de ação, ou neste caso, inação”, comenta Scott D. Sagan, da Universidade de Stanford.
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