O teste de DNA é a forma mais segura de garantir o resultado de uma suposta maternidade ou paternidade. O exame é procurado, na maioria dos casos, para confirmar se um homem é ou não pai de uma criança.
Também é comum o uso de exames de DNA a partir de amostras de sangue, sêmen, pele, saliva ou pelos na cena de um crime para buscar a identificação do responsável. Trata-se da impressão genética do sujeito.
- Leia também: Por que sua mãe te chama pelo nome do seu irmão?
O procedimento é feito a partir de coletas amostrais de ácido desoxirribonucleico (o DNA, que é uma sigla de língua inglesa que significa “deoxyribonucleic acid”), um composto orgânico cujas moléculas guardam as instruções genéticas de todos os seres vivos. As informações contidas no DNA determinam o desenvolvimento e as características hereditárias de cada ser.
Uma série de pesquisas afirmam, desde o fim da década passada, que os testes de DNA não são infalíveis. Ou seja, erros podem acontecer.
Como funciona um teste de DNA
Para a investigação de paternidade, uso mais comum do teste de DNA, são feitas coletas de amostras sanguíneas, salivares ou de pelos do pai e do filho. Após isso, equipamentos de alta tecnologia decodificam as informações genéticas, por meio de sondas específicas.
A partir da leitura e do cruzamento das informações genéticas, e possível identificar a presença ou não de uma herança genética entre as amostras. Com isso, é possível afirmar se há ou não paternidade.
Não são infalíveis?
Há alguns anos, pesquisadores do Texas, nos Estados Unidos, fizeram uma espécie de “teste cego” para testar os exames de DNA. O intuito era, justamente, saber a confiabilidade do procedimento.
Durante o teste, feito pelos cientistas, grupos de duas amostras de DNA eram enviadas a laboratórios, que deveriam realizar testes para afirmar se as informações genéticas eram ou não da mesma pessoa. Evidentemente, os pesquisadores já tinham a respostam e compararam os resultados enviados pelas clínicas.
O resultado mostrou que os laboratórios erraram em 1% das vezes. Por mais que pareça uma quantidade baixa de erros, basta imaginar a dimensão de testes que acontecem em todo o mundo. Por exemplo: se 1 milhão de testes de DNA forem realizados, há a possibilidade de 10 mil estarem com resultados equivocados, de acordo com a pesquisa feita pelos cientistas norte-americanos.
Os pesquisadores afirmam, porém, que a maior parte dos erros não está relacionada à confiabilidade da técnica em si. Os equívocos aconteceram, em sua maioria, em função de falhas humanas na manipulação das amostras.
Cada vez mais infalíveis
Nos últimos anos, estudos apontaram que esse percentual de erro sofreu uma queda de 1% para até 0,01%, pois as técnicas humanas para manipular amostras se aperfeiçoaram. Ainda que exista uma possibilidade de falha no exame, é possível solicitar uma contraprova ou envolver outros parentes para ter certeza, visto que as chances de equívoco são muito pequenas.
Além disso, dentre os procedimentos existentes, o teste de DNA é, de longe, o mais confiável. Basta procurar um bom laboratório, especializado em genética humana e biologia molecular, para fazer o exame.