“Escolha um trabalho que você ama e você nunca terá que trabalhar um dia sequer na vida”. Pedidos de demissão nunca aconteceriam se a célebre frase do filósofo Confúcio fosse completamente aplicável à realidade.
A frase serve como uma espécie de estímulo para muitas pessoas que estão entrando no mercado de trabalho. No entanto, nem tudo são flores. Um emprego que parece ser ideal para determinada pessoa pode ter fatores que complicam a sua rotina.
Uma recente pesquisa feita pelo site Linkedin, intitulada “Why & how people change jobs?” (“Por que e como pessoas mudam de trabalhos?”), analisou o perfil de milhares profissionais que pediram demissão nos últimos tempos. O estudo elencou seis motivos pelos quais as pessoas saem de seus empregos.
Veja:
6°. Pouco reconhecimento
Em sexto lugar, está a falta de reconhecimento do empregado por parte de seus superiores ou de outros colegas. É comum que alguns funcionários se sintam sobrecarregados ou que seus feitos não sejam elogiados por seus chefes.
Há quem lide bem com a falta de reconhecimento e entenda que desempenhar uma função “anonimamente” seja uma vantagem. No entanto, quando funcionários falham, chefes agem de forma mais assertiva do que quando acertam.
5°. Baixo salário
Curiosamente, a baixa remuneração não está nem mesmo entre os três principais motivos pelos quais as pessoas pedem demissão. A questão salarial ocupa o quinto lugar.
Nem sempre o valor em si é insuficiente para o funcionário. Muitas vezes, o que se torna incômodo para o trabalhador é ver que está desempenhando bem a sua função há algum tempo e que a empresa tem aumentado sua receita – e, ainda assim, não receber algum tipo de reconhecimento financeiro.
4°. Falta de desafios
No geral, trabalhos costumam ser repetitivos. Afinal, é necessário ter uma rotina e certa organização para que uma empresa funcione bem.
Ainda assim, muitas vezes os funcionários se sentem pouco desafiados por seus chefes. Lideranças costumam tomar as rédeas de situações consideradas mais importantes ao invés de deixarem que seus trabalhadores também colaborem com tomadas de decisões.
3°. Péssima cultura de trabalho
“Trabalhe, pois estou te pagando” não é a filosofia mais recomendada para uma cultura organizacional. Os chefes precisam estar antenados à missão e aos valores da empresa, para que o trabalho não seja meramente uma forma de ganhar dinheiro.
Esse item é o que mais está relacionado à célebre frase de Confúcio, mencionada no início do texto: “escolha um trabalho que você ama e você nunca terá que trabalhar um dia sequer na vida”. De que forma é possível “escolher um trabalho que se ama” quando, na verdade, o único objetivo de grande parte das empresas é faturar?
2°. Liderança ruim
Você já ouviu falar que, para uma empresa dar certo, o chefe precisa trabalhar mais do que o funcionário? Nem sempre isso se aplica: é comum ver lideranças que trabalham poucas horas por dia e se encarregam somente de tomar decisões muito importantes.
Profissionais de RH admitem que, muitas vezes, funcionários pedem para deixar de trabalhar com determinado chefe e não com a empresa em si. O fator humano pesa tanto que insatisfações com lideranças são a segunda maior causa de demissão.
1°. Pouco espaço para crescer
Em primeiro lugar, está a falta de oportunidade para crescimento de funcionários dentro de uma empresa. A hierarquização cada vez mais verticalizada em empresas faz com que trabalhadores fiquem em um mesmo posto por anos ou até décadas.
A falta de espaço para crescimento está relacionada a outros itens da lista, especialmente ausência de desafios, salário baixo e pouco reconhecimento. Ou seja, trata-se de um misto de tópicos.