Não é fácil passar por um término de relacionamento. É complicado tanto para a pessoa que toma a atitude de dar fim à relação, seja um rolo, namoro ou casamento, quanto para quem “sofre” a dispensa.
Mas o quão complicado é passar por um término de relacionamento? Acredite ou não, a ciência conseguiu formas de quantificar essa dificuldade, entre outros elementos característicos de um fim de rolo, namoro ou casamento.
Veja, abaixo, alguns fatos científicos sobre término de relacionamento:
1) Término de relacionamento é previsível
Já passou por alguma situação de fim de relacionamento em que você foi a última pessoa a enxergar o fim? Muitos sentiram isto na pele – em alguns casos, repetidamente.
Um estudo publicado no periódico Psychological Science, em 2010, entrevistou 222 voluntários que estavam em relacionamentos. Eles disseram o nome de seus parceiros e disseram duas palavras que achavam que poderiam ter conexão com seus cônjuges.
Depois, os pesquisadores fizeram um teste de associação implícita, que revela sentimentos que as pessoas não admitem nem mesmo para si próprias. Eles emparelharam palavras de sentido positivo (“presente”, por exemplo) e negativo (“morte”, por exemplo) e pediram para que participantes apertassem um botão sempre que considerassem o termo positivo ou negativo.
A ideia era a seguinte: se a pessoa se sentisse positiva com relação à palavra que deu ao parceiro, apertaria o botão positivo mais rapidamente quando relacionado a termos positivos. Se a pessoa se sentisse negativa, apertaria mais rapidamente o botão ligado às palavras negativas.
No fim das contas, as pessoas que se conectavam mais rapidamente com as palavras negativas também eram aquelas que tão logo terminariam o relacionamento. “As primeiras evidências de que um relacionamento está prestes a acabar podem ser encontradas a partir de atitudes das quais os sujeitos não estejam cientes ou não queiram ‘denunciar'”, afirma o texto.
2) Término e identidade
Quanto mais há comprometimento entre um casal, seja rolo, namoro ou casamento, mais recorrente é a tentativa de uma pessoa tentar controlar a outra. É o que aponta um estudo publicado, em 2010, no periódico Personality and Social Psychology Bulletin.
Estudantes universitários entrevistados que passaram por términos recentes afirmaram estar mais “confusos” e “desconcertados” que o normal. Os mais angustiados eram aqueles que estavam passando pelo fim de um relacionamento.
Desta forma, entende-se, também com outras evidências apontadas pelo estudo, que as pessoas que romperam seus relacionamentos há pouco tempo tendem a se sentir perdidas porque perdem uma parte de si – consequentemente, um pouco de sua identidade se vai.
3) Sofrimento pode ser saudável, mas com moderação
Uma pesquisa publicada no Social Psychology and Personality Science, em 2015, aponta que o sofrimento pós-término de relacionamento pode ser saudável. Entre uma amostra de entrevistados, aquelas pessoas que se mostraram mais sensíveis depois do fim do rolo ou namoro se recuperaram mais rapidamente.
No entanto, outro estudo, publicado no periódico Cyberpsychology, Behavior and Social Networking, em 2012, aponta que a “sofrência” deve ocorrer com moderação. Ficar, por exemplo, entrando no perfil de Facebook ou Instagram do ex-parceiro de forma obsessiva para espioná-lo não é uma boa ideia.
Entre 500 entrevistados em uma pesquisa, aqueles que passaram mais tempo entrando nas redes sociais do ex-parceiro para ver o que ele estava fazendo da vida foram os que tiveram mais problemas em sua recuperação. O pior diagnóstico foi obtido com aqueles que desfizeram a amizade com o ex e continuaram a “fuxicar” o perfil da pessoa na rede social.
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