De acordo com um novo estudo, no caso de um surto de zumbis, a melhor maneira de evitar ser infectado, é ficar longe de áreas povoadas. Na verdade, a pesquisa sugere que as remotas e intocadas Montanhas Rochosas da América do Norte, podem ser o último refugio para as pessoas sobreviverem.
Para descobrir a melhor maneira de sobreviver a um apocalipse zumbi, uma pequena equipe de pesquisadores modelou o que aconteceria se uma epidemia de mortos-vivos atingisse os Estados Unidos.
Para ver como a infecção poderia se espalhar, Alex Alemi, um estudante graduado em física teórica na Universidade Cornell, em Ithaca, Nova York, fez uma simulação em larga escala com 307 milhões de indivíduos e milhares de surtos nos Estados Unidos. O resultado foi que a melhor maneira de não fazer parte do grupos dos infectado é ficar o mais longe possível dos lugares mais povoados.
A inspiração para Alemi modelar o surto imaginário de zumbis, veio de um dos livros mais populares sobre o tema, o famoso “World War Z” do autor Max Brooks, que Alemi leu enquanto fazia sua pós-graduação em mecânica estatística.
Embora a pesquisa possa parecer apenas algo para divertimento próprio, ela também tem aplicações do mundo real.
Nós esperamos que com essa simulação com zumbis, possamos apresentar as pessoas, algumas técnicas que podem ser usadas para modelar doenças reais, diz Alex Alemi.
Então, qual o melhor lugar para sobreviver a uma epidemia de zumbis?
Evite as cidades, porque as áreas urbanas experimentaram os piores focos, de acordo com a simulação. Basicamente, todas as cidades principais são consideravelmente péssimos lugares para sobreviver, pois há pessoas demais e por conta de ser uma região povoada, normalmente, os moradores vivem muito próximos uns dos outros. Surpreendentemente, a área entre Los Angeles e São Francisco foi o pior lugar para sobreviver, porque estava dentro do alcance de dois epicentros da epidemia.
O melhor a se fazer é ir para áreas remotas e rurais. Em particular, a região das Montanhas Rochosas, uma importante cordilheira localizada entre o Canada e os Estados Unidos, foi um dos lugares mais seguros segundo a simulação, porque é um lugar bastante inacessível e pouquíssimas pessoas vivem lá.
A grande maioria das pessoas imaginam que no caso de um surto de zumbis, todos os lugares seriam afetados ao mesmo tempo, mas na vida real, não é assim que uma doença se espalha.
Um surto de zumbis realmente diminui quando sai de áreas povoadas. No interior, ele levaria muito mais tempo para abrir caminho no mapa, mas nas cidades grandes, se você tem milhões de zumbis, alguns vão abrir caminho em qualquer direção infectando inúmeras pessoas.
Epidemia zumbi
O modelo epidêmico mais simples de doenças reais, que divide as pessoas em três grupos (suscetível, infeccioso e curado/removido), é conhecido como Modelo SIR. Cada grupo é representado por uma função matemática, que determina como o surto irá evoluir ao longo do tempo.
Em contraste, Alemi e seus colegas desenvolveram um modelo “SZR”, no qual “Z” representa o estado zumbi, “R” representa os zumbis “mortos”, que foram mortos por seres humanos (presumivelmente, tendo seus cérebros destruídos, como em “World War Z” ou na famosa série de TV “The Walking Dead”).
Alguns pesquisadores já tentaram modelar focos de zumbis antes, mas ao contrário desses estudos anteriores, o modelo de Alemi leva em conta a aleatoriedade. Cada interação, como um zumbi mordendo um humano ou um ser humano matando um zumbi, foi levada em conta, assim como a decadência.
Alemi fez várias suposições para manter o modelo simples. Por exemplo, ele assumiu que os seres humanos realmente não se moveriam para muito longe ou entrariam em aviões durante o surto. Segundo ele, tal suposição é razoável, porque se um surto acontecesse rapidamente, as principais redes de transporte provavelmente fechariam. Mas estudos futuros podem levar em conta viagens terrestres.
E você, qual seria seu plano de sobrevivência durante um surto de zumbis?