Jack, o Estripador se tornou um dos assassinos mais populares da história. Este serial killer famoso agiu com crueldade no distrito de Whitechapel, na cidade de Londres, no final do século XIX. As vítimas desse assassino eram prostitutas. O distrito era um dos mais violentos da época.
Quem nunca ouviu falar da lenda envolvendo o assassino em série? Seus crimes, cometidos há mais de 130 anos, ainda intrigam muitas pessoas e estão cercados de mistérios. Um deles é a identidade real do serial killer, que nunca foi desvendada.
Jack, o Estripador, matou (oficialmente) cinco mulheres em um período de alguns meses do ano de 1888. As vítimas estavam com suas entranhas expostas quando seus corpos foram descobertos e os níveis de crueldade do assassino só aumentaram com o passar do tempo.
O modo de matar seguia um padrão: as vitimas tinham a garganta cortada e o corpo totalmente mutilado. Aparentemente, ele primeiro cortava a garganta para não haver gritos.
No entanto, acredita-se que o serial killer pode ter feito muito mais vítimas: 11 mulheres no total. Apesar disso, apenas 5 foram consideradas vítimas do estripador, são as chamadas “vítimas canônicas”.
São elas: Mary Ann Nichols (Sexta-feira, 31 de agosto de 1888); Annie Chapman (Sábado, 8 de setembro de 1888) ; Elizabeth Stride (Domingo, 30 de setembro de 1888); Catharine Eddowes (Domingo, 30 de setembro de 1888, 45 minutos depois) e Mary Jane Kelly (Sexta-feira, 9 de novembro de 1888).
Um assassino de precisão cirúrgica
Pela precisão dos cortes, a polícia da época trabalhava com a hipótese de que Jack, o Estripador poderia ser um médico, tamanho conhecimento de anatomia e cirurgia. As suspeitas foram reforçadas quando três vítimas do assassino foram encontradas sem alguns dos órgãos internos.
Por serem crimes hediondos e que causavam grande impacto, jornais da época deram grande ênfase ao caso, se aproveitando do sensacionalismo para vender muitos exemplares. Mas, mesmo com todo o empenho da polícia e divulgação da imprensa, o serial killer nunca foi encontrado.
Um caso difícil de resolver
Por nunca ter tido sua identidade descoberta, diversas lendas envolveram o assassino e seus crimes.
A polícia e jornais receberam centenas de denúncias, a maioria por cartas, mas nada conclusivo para solucionar o caso. Algumas dessas cartas se diziam assinadas pelo próprio assassino, mas não passavam de farsas.
Muitos foram apontados como suspeitos, o que levou a polícia a longos interrogatórios, que acabaram não levando a nada. Foram cerca de 300 suspeitos, 80 detenções e 2 mil entrevistas realizadas pelas autoridades londrinas.
Identidade de Jack, O Estripador pode ter sido descoberta
Até hoje, os crimes não foram solucionados, o que fez a polícia de Londres ser duramente criticada pela população e a mídia local na época. E o mesmo vale para a identidade real de Jack, o Estripador, que sempre ficou cercada de mistérios.
No entanto, isso pode ter mudado com um estudo recente, publicado em 2014. Ele foi conduzido pelos pesquisadores Jari Louhelainen e David Miller, das Universidades John Moores e de Leeds, no Reino Unido. E tudo graças a material genético.
No estudo, Louhelainen e Miller analisaram resíduos de sangue e sêmen que foram encontrados em um xale usado por Catherine Eddowes, a quarta vítima de Jack, o Estripador.
O xale foi comprado em um leilão, em 2007, por Russell Edwards, um empresário que mais tarde viria a estudar o crime.
Nas amostras, conseguiram encontrar fragmentos de DNA mitocondrial (a principal herança genética das mães) e as compararam com exemplares de descendentes vivos de um dos principais suspeitos do crime: o barbeiro de origem polonesa Aaron Kosminski, que tinha 23 anos em 1888.
E não deu outra: os pesquisadores notaram que as amostras coincidiam com as de um parente vivo de Aaron Kosminski. Além disso, afirmaram que Jack, o Estripador tinha, provavelmente, cabelo e olhos castanhos, o que casa com o testemunhas dos crimes relataram na época.
O estudo, no entanto, ainda está cercado de algumas controvérsias. Muitos especialistas ainda não estão convencidos de que a análise é uma prova definitiva de que Aaron Kosminski é, de fato, Jack, o Estripador.
Um ponto de críticas é a autenticidade do xale onde os resíduos foram encontrados. Já outro cita que a comparação genética não levou em conta fatores que poderiam modificar o resultado.
Apesar dos esforços, a pesquisa independente de Russell Edwards não é considerada uma conclusão definitiva do caso. De qualquer forma, essa parece ser a melhor evidência a respeito da identidade real de Jack, o Estripador, não é mesmo?