Agosto é o mês do desgosto, diz o ditado. Mas de onde vem a fama de que o oitavo mês do ano é uma época complicada, que muitas vezes parece durar mais de 31 dias?
O “preconceito” com o mês de agosto foi trazido para o Brasil pelos colonizadores portugueses e tem origens em alguns acontecimentos que acabaram criando essa aura negativa e, por vezes, supersticiosa.
A pecha de “azarado” do mês de agosto tem origem na época das grandes navegações portuguesas.
Era em agosto que a maior parte das caravelas dos exploradores zarpavam do porto de Lisboa rumo ao novo mundo, também conhecido como Brasil. Por isso, as noivas dos marinheiros, capitães e exploradores evitavam marcar o casamento neste mês.
A ideia é que logo os maridos partiriam e devido aos perigos do mar e do novo continente selvagem, poderiam nunca mais voltar, deixando viúvas as moças recém-casadas.
Com isso, criou-se o chavão “casar em agosto traz desgosto”, que foi sendo adaptado e simplificado até se transformar no hoje famoso “agosto é o mês do desgosto”.
Outro mito que colabora para que agosto fique marcado como mês ruim, é o de que seria o “mês do cachorro louco”. Essa ideia viria do fato de que a maioria das cadelas costuma entrar no cio nessa época do ano, atraindo machos que brigam pela atenção das fêmeas.
Essa aglomeração e brigas entre os cães de rua facilitaria a transmissão da raiva, ou hidrofobia, doença que atinge o sistema nervoso central e pode ser fatal até para humanos. Nada disso é cientificamente comprovado, é claro.
Agosto é o mês do desgosto
Por outro lado, alguns acontecimentos ao longo da história contribuíram ainda mais para que o já mal falado mês de agosto ficasse mais famoso, no mau sentido.
Foi no dia 1º de agosto de 1914 que teve início a Primeira Guerra Mundial. 31 anos depois, no dia 6, ocorreria o ataque dos Estados Unidos às cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, com o uso de bombas atômicas.
Foi em agosto também, em 1961, que começou a ser construído o infame Muro de Berlim, separando a Alemanha em Ocidental e Oriental.
O Brasil também não foge da “urucubaca”: adivinha em que mês Getúlio Vargas se suicidou? Outro presidente, Jânio Quadros, também renunciou em agosto.
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