Magos ou cientistas? Durante vários séculos, os alquimistas foram respeitados como acadêmicos e pesquisadores, mas o que exatamente eles pesquisavam? Dizem que as maravilhas como a Pedra Filosofal e o Elixir da Longa Vida eram apenas metáforas filosóficas, mas há quem diga, até hoje, que as maravilhas do mundo alquímico estão à disposição de quem quiser estudar.
Não são poucos os nomes de cientistas famosos que eram, na verdade, considerados alquimistas em sua época. De Paracelso a Nicolas Flamel, esses homens estudavam as propriedades dos materiais e dos seres vivos em busca de descobertas fantásticas e não dá para dizer que não conseguiram, já que foi todo esse trabalho que originou a química moderna.
Entre os segredos mais buscados pelos alquimistas estão coisas como o Homúnculo, um ser pequeno com formato humano, que poderia ser criado artificialmente a partir da junção de elementos como sêmen, esterco, ovos de galinha e sangue menstrual, entre outros. Obviamente nunca foi obtido sucesso. O mesmo pode se dizer em relação ao Elixir da Longa Vida, cujas tentativas em encontrar a fórmula resultaram em diversos envenenamentos.
O mais famoso segredo dos alquimistas era a Pedra Filosofal, capaz de transformar qualquer material em ouro. Diz-se que o francês Nicolas Flamel encontrou sua fórmula, mas o mais provável é que a chamada transmutação fosse apenas filosófica, simbolizando que uma pessoa “iluminada” pode também iluminar, ou transformar em ouro, qualquer coisa.
Sem querer, querendo
Apesar dos fracassos nos itens citados, vieram dos alquimistas algumas descobertas importantes, mesmo que feitas sem intenção. Foi o caso do fósforo, descoberto pelo alemão Hennig Brandt após ele destilar urina na tentativa de obter ouro. Foi também assim, por acaso, que alquimistas da Mesopotâmia descobriram como colorir vidro.
A alquimia costuma ser associada à Europa medieval, mas é muito mais antiga e abrangente, com origens na Grécia antiga, Egito e países do oriente. Foi inclusive na China, que alquimistas criaram a pólvora, que era inicialmente usada em rituais taoistas para purificação de ambientes.