De causar arrepios! Uma mulher de Cabo Frio, no Rio de Janeiro, passou mais de 24 horas com uma barata dentro do ouvido.
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Aline Lopes estava dormindo de madrugada na casa da sogra, no bairro do Jardim Esperança, quando acordou desesperada ao sentir algo incomodando dentro de sua orelha.
De acordo com uma entrevista ao portal ‘G1’, a mulher precisou passar por diversos hospitais até encontrar um atendimento especializado – uma vez que não possuía especialistas de plantão e materiais adequados na unidade de saúde mais próxima.
Aline foi orientada a buscar atendimento ou na região de Macaé ou em São Pedro da Aldeia, sendo o último o local em que conseguiu “tentar” realizar o procedimento de remoção.
A mulher relata que, inicialmente, os enfermeiros tentaram retirar a barata com um sugador, mas os equipamentos não foram suficientes.
Barata no ouvido, dor no tímpano
Desta forma, a equipe médica precisou sedar Aline que sentia dor e estava com o tímpano machucado. Eles também tentaram mais uma transferência, desta vez para um hospital no Rio – que estava sem vaga.
Passado um dia inteiro, um médico particular ficou sabendo da história na segunda-feira (6) e se prontificou a realizar o procedimento de forma gratuita à Aline.
E se acontecer comigo?
A recomendação de especialistas em remoção é de procurar por atendimento com urgência, mas, de bate e pronto, o paciente pode pingar algumas gotas de óleo ou água para tentar imobilizar o inseto.
O otorrinolaringologista Felippe Félix também recomenda inclinar a cabeça por um tempo e aguardar, para ver se o inseto cai conforme a gravidade. “A primeira coisa que tem de fazer é evitar ficar brigando com o inseto dentro do ouvido”, afirma.
“Evitar cotonete ou outros equipamentos para espetar e machucar o inseto, se não ele vai acabar reagindo e causando mais incômodo. Tentar tirar com outros objetos também pode ferir o tímpano e complicar ainda mais a situação”, aconselha.
O chefe do Serviço de Otorrinolaringologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho descreve que os insetos mais comuns são baratas pequenas, mosquitos (a maioria sendo pernilongos) e, com menos frequência, formigas.
“O quadro é ainda mais avançado e demanda atendimento específico para evitar que o bicho cresça lá dentro. O tratamento é feito à base de medicamentos e inclui uma limpeza em ambiente hospitalar com anestesia”.
Fatos parecidos
Casos similares não eram registrados em Cabo Frio desde 2020, quando ocorreu um episódio de retirada de um corpo estranho animado (vivo ou não) de ouvido, faringe, laringe e nariz, conforme os dados do Ministério da Saúde.
No entanto, o Rio de Janeiro registrou 191 casos de retirada de corpo estranho somente nos primeiros quatro meses de 2022.
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