Buraco na camada de ozônio atinge seu menor nível desde 1988

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Se você anda bastante pessimista com o futuro da Terra, no ponto de vista ambiental, saiba que temos uma rara notícia boa sobre o assunto para te dar: cientistas da NASA afirmaram, recentemente, que o famoso buraco na camada de ozônio está diminuindo e atingiu seu menor patamar desde 1988.

O maior registro feito no buraco em 2017 mediu seu tamanho em 19.7 quilômetros quadrados, o que é equivalente a duas vezes e meia o tamanho dos Estados Unidos.

Ainda assim, ele é 3,4 quilômetros quadrados menor do que o maior registro de 2016, e está em diminuição desde o mês de setembro.

Temperaturas um pouco acima das usuais na estratosfera foram as responsáveis pela diminuição do buraco na camada desde 2016. O motivo é que o ar mais ameno ajuda a repelir elementos químicos como cloro e bromo, que ajudam a “comer” o ozônio que está presente na camada.

Mas essa redução também pode ser creditada ao esforços feitos, desde o meio da década de 80, para frear a liberação de compostos que contribuem para o aumento do buraco na camada de ozônio.

“As condições climáticas sobre a Antártica ficaram um pouco mais fracas e resultaram em temperaturas mais amenas, o que diminuiu a perde de ozônio. É como os furacões. Em alguns anos, poucos furacões conseguem chegar até o litoral. Esse foi um ano que as condições climáticas causaram uma melhor formação de ozônio”, disse Paul A. Newman, cientista da NASA.

A notícia chega 30 anos após a assinatura do Protocolo de Montreal, acordo internacional que foi criado justamente evitar o uso de componentes químicos prejudicais à camada de ozônio do nosso planeta.

A deterioração da camada de ozônio acometeu, principalmente, a Antártica e se tornou motivo de preocupação para os moradores do hemisfério sul. A razão é que ela é responsável por proteger a Terra da radiação ultravioleta, que pode resultar em câncer de pele e catarata nos olhos, bem como atrapalhar o crescimento de plantas.

A descoberta do buraco na camada de ozônio sobre a Antártica ocorreu durante a década de 70. E nos anos 80 e 90, o assunto chegou até a se tornar uma sensação mundial, e suas conotações negativas fizeram a população apoiar uma causa para tentar interromper o problema.

Caso essa diminuição continue sem grandes problemas, a estimativa é que a camada de ozônio da Terra retorne ao normal apenas em 2070, afirmam cientistas.

Fonte: Science Alert
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