Camada de ozônio está se recuperando graças à ação humana

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Cientistas da NASA conseguiram obter provas de que a recuperação da camada de ozônio do planeta está acontecendo devido à ação do ser humano. A diminuição da emissão dos gases CFC provavelmente é a responsável pela significativa melhora.

Todos os anos, em setembro, o buraco na camada de ozônio localizado acima da Antártida é aumentado devido à incidência dos raios solares e medições são feitas a respeito do tamanho do estrago causado. Utilizando instrumentos acoplados ao satélite Aura, foi possível realizar medições de outros componentes da camada de ozônio, que geralmente resultam das reações que destroem o ozônio.

Os resultados mostraram uma diminuição de 0,8% nesses componentes resultantes da destruição do ozônio, comparado com os dados de 2005. Além disso, o dano na camada de ozônio está cerca de 20% menor do que há 13 anos.

Os dados são confirmados por Susan Strahan, uma das autoras do estudo e cientista do Goddard Space Flight Center, da NASA. “Nós vemos muito claramente que o cloro do CFC está diminuendo na camada de ozônio e que um menor esgotamento do ozônio está ocorrendo por causa disso”, disse no estudo publicado no Geophysical Research Letters.

Vencendo o grande vilão

Os grandes responsáveis pelo buraco na camada de ozônio são os clorofluorcarbonetos, chamados CFCs, componentes gasosos que estavam presentes em refrigeradores, sprays, ar-condicionado e outras tantas aplicações até meados dos anos 70.

Como o nome diz, são formados a partir de cloro, flúor e carbono e foram proibidos em vários países ao longo de vários tratados sobre o clima. O primeiro deles foi o Tratado de Montreal, de 1985, elaborado 2 anos depois da descoberta do buraco na camada de ozônio sobre a Antártida.

Anne Douglass, coautora do estudo, considera a diminuição de 20% no estrago da camada como dentro do previsto, mas avisa que embora o prognóstico seja bom, a luta continua. “CFCs possuem um tempo de vida de 50 a 100 anos, então eles se demoram na atmosfera por um longo tempo. Na medida em que o buraco se vai, esperamos que acabe em 2060 ou 2080. E ainda assim pode ser que haja um pequeno buraco”, explica.



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