Existem muitos alimentos por aí que já se tornaram corriqueiros no nosso dia a dia, não é mesmo? Mas você sabia que alguns deles eram venerados e considerados mágicos por muitas civilizações antigas ao redor do planeta? E muitos deles nós encontramos sendo vendidos normalmente em supermercados espalhados por nossas cidades.
Confira abaixo 10 alimentos comuns que eram considerados mágicos no passado.
10) Alcachofra
Antigamente, acreditava-se que as alcachofras tinham uma variedade de poderes medicinais. E tudo começou na mitologia grega.
Cinra era uma bonita garota mortal que cruzou seu caminho com Zeus, enquanto o Deus estava em uma viagem para ver seu irmão Poseidon. Zeus, então, a leva até o Olimpo para transformá-la em uma deusa, só que ele ficou irado ao descobrir que ela foi fazer uma visita a sua mãe. Ele a expulsou do Olimpo e ainda a transformou em uma alcachofra.
Mais tarde, os romanos acreditavam que partes da planta ajudavam a curar a calvíce e contribuir para a concepção de meninos. Além disso, na França, elas foram consideradas afrodisíacas durante o século 16.
9) Amaranto
O amaranto está entre os grãos que algumas pessoas começaram a incorporar em sua alimentação, especialmente aqueles que gostam de uma alimentação saudável.
No entanto, os aztecas já utilizavam o amaranto há 500 anos com fins religiosos. Durante sacrifícios humanos, eles faziam uma espécie de pasta com esse grão e criavam estátuas de seus deuses. Na cerimônia, elas eram partidas e consumidas pela população. Ele também era usado para criar escudos, arcos e flechas para bebês recém nascidos como forma de simbolizar suas responsabilidades no futuro.
Após a chegada dos espanhóis, o cultivo do grão foi proibido como forma de forçar o cristianismo entre os aztecas.
8) Pepino
O pepino que costumamos comer nos dias de hoje surgiu originalmente na Índia há 3 mil anos.
Durante o Império Romano, o historiador Plínio, o Velho, relatou que os pepinos eram usados para promover fertilidade. Mulheres tinham o costume de colocá-los em tordo de suas cinturas e uma vez que conseguiam ter filhos, jogavam os pepinos fora.
Eles também era usados pelos romanos para espantar ratos, melhorar problemas de vista e aliviar picadas de escorpião.
7) Cebolinha
Hoje, sabemos que algumas áreas de Ásia, Europa e América do Norte estão entre as maiores produtoras de cebolinha no mundo. Mas a planta, muito utilizada como tempero, também está entre os alimentos que eram considerados mágicos.
A cebolinha foi introduzida na Europa por Marco Polo, após trazer alguns ramos da China. Os britânicos, então, criaram a tradição de pendurar a cebolinha nas portas de suas casas para espantar espíritos ruins.
No entanto, outra história afirma que a cebolinha já estava presente no continente durante o Império Romano. A civilização antiga a utilizava bastante por acreditar que seu gosto forte trazia força, então era bastante consumida por trabalhadores e gladiadores. Ela também era usada para dores de garganta e queimaduras.
6) Maçã
Existe uma famosa frase usada até hoje de que faz bem para a saúde comer uma maçã por dia, não é mesmo? Mas essa é uma crença que já surgiu há muito tempo atrás em várias culturas.
De acordo com o folclore irlandês, muitos heróis comiam maçãs como forma de continuarem jovens e fortes. Já na cultura chinesa, elas costumavam ser oferecidas como um símbolo de paz.
Já na região dos Balcãs, na Europa, se um homem desse uma maçã para uma mulher, era um sinal de que os dois se tornariam noivos. E em algumas regiões da Itália, se um homem estivesse apaixonado por uma mulher, ele daria a ela uma maçã para mostrar seu carinho por ela.
5) Cebola
As cebolas eram alimentos considerados sagrados pelos egípcios e eram encontradas em uma variedade de formas e tamanhos. Elas estão até mesmo presentes nas pinturas de algumas das pirâmides.
Os egípcios acreditavam que as cebolas estavam relacionadas com a vida eterna por conta de suas várias camadas e costumavam colocá-las nos sarcófagos de faraós. E já foram encontradas até mesmo no interior de múmias.
Alguns especialistas afirmam que a civilzação fazia isso por que acreditava que as cebolas poderiam trazer os mortos de volta à vida. Já outros dizem que suas propriedades antissépticas seriam mágicas e úteis no pós-morte.
4) Dill/Endro
O dill, também conhecido como endro, é uma planta pouco conhecida que é originária de países como a Geórgia e a Armênia. Os antigos acreditavam que ele trazia amor e felicidade. Já na Alemanha e Bélgica, ele foi bastante utilizado em vestido de noivas como forma de abençoar o casamento.
No entanto, a planta já foi associada com coisas ruins. Por exemplo, monges europeus costumavam dizer que o dill trazia infertilidade. Ele já foi associado também com bruxarias: uns diziam que beber um copo de água com o endro anulava os efeitos de um feitiço, enquanto que outros afirmavam que ele era muito utilizado em poções e mágicas.
3) Milho
O milho é um dos alimentos mais consumidos do mundo, sem falar que é usado para uma infinidade de outras coisas, como ração para animais e produção de etanol.
Só que para os aztecas, ele era muito mais do que um alimento: eles acreditavam que o milho representava um ciclo de vida: nascimento, regeneração e morte. E divindades mulheres foram escolhidas para representar cada um desses ciclos. Elas eram veneradas durante a colheita e um festival ainda era celebrado em homenagem a cada uma delas.
2) Figo
O figo é um dos alimentos mais citados na Bíblia por ter sido considerado espiritual no passado. Já as mulheres da etnia Kikuyu, na África, costumavam passá-lo em seus corpos para aumentar a fertilidade.
No entanto, o figo também foi considerado uma fruta “ruim” para algumas culturas. Na Bolívia, por exemplo, acreditava-se que a copa de suas árvores tinha espíritos ruins e que andar por debaixo de uma delas poderia resultar em doenças.
Já em Papua Nova Guiné, os figos são evitados até hoje pela população, pois existe a crença de que eles possuem espíritos ruins em seu interior e que eles são libertados no momento em que a fruta é aberta.
1) Sementes de Papoula
Sementes de papoula são utilizadas para nossa alimentação nos dias atuais, mas vale lembrar que elas sempre foram associadas com a produção de ópio no passado. No entanto, elas também já foram utilizadas com outros intuitos.
Na Grécia antiga, elas eram associadas com Hipnos, o Deus do Sono, então eram usadas para quem queria dormir. Mas outras pessoas da época associavam as sementes de papoula com Hades, o Deus da Morte, e elas significavam dormir um sono eterno, vulgo morte.
Já na Idade Média, as sementes eram usadas em bolos para que mulheres descobrissem de qual direção seu amor verdadeiro viria. Bastava jogar um pedaço e esperar um cachorro pegar. Se o animal viesse do norte, por exemplo, o verdadeiro amor apareceria nesta mesma direção.
Fonte: Listverse