A Via Láctea está não só em uma, mas em várias rotas de colisão. Uma delas poderia lançar o Sistema Solar para fora da galáxia, o que certamente seria um problema para nós. Os principais culpados por essa possível catástrofe seriam a Grande Nuvem de Magalhães e o buraco negro supermassivo que existe no centro da nossa própria galáxia.
A Grande Nuvem de Magalhães, mais conhecida por LMC, na sigla em inglês, é uma galáxia anã que orbita a Via Láctea. Acontece que além de orbitar, ela está se aproximando cada vez mais e é inevitável que as duas acabem colidindo em algum momento daqui a 2 bilhões de anos, o que por si só já seria algo bastante complicado. Mas pode ficar mais, quando lembramos que há um verdadeiro monstro adormecido no centro da galáxia.
Uma colisão da Via Láctea com a LMC tem grandes chances de despertar mais atividade no buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia. Dessa forma, ele começaria a devorar tudo o que estivesse a sua volta, aumentando pelo menos 10 vezes de tamanho. Isso causaria o que os cientistas chamam de um “espetáculo de fogos de artifício cósmicos”.
O buraco negro, ao ingerir matéria, iria disparar poderosos raios de energia de dentro para fora. Caso o nosso Sistema Solar tivesse sobrevivido à colisão, é bem improvável que conseguiríamos passar ilesos por esses raios e de qualquer forma, seríamos “chutados” para o espaço.
Dieta cósmica
Em uma colisão como essa, o mais provável é que a Via Láctea acabe “engolindo” a LMC, como já aconteceu no passado com outras galáxias menores. A nossa galáxia tem um apetite relativamente fraco quando comparada com outras de mesmo tamanho, que “comem” até 30 vezes mais.
No entanto, a Via Láctea provavelmente vai passar de caçadora para caça quando colidir com Andrômeda, outra galáxia próxima, só que muito maior do que a nossa. Nesse caso, o mais provável é que ela seja absorvida, fazendo com que mudemos de endereço no universo, caso o Sistema Solar consiga sobreviver a todos os perigos anteriores.