Um cientista italiano criou uma escala para medir o prazer sentido por mulheres em uma relação sexual. O método para medição foi batizado de “orgasmômetro”, mas ao contrário do que possa parecer, não se trata de uma máquina ou aparelho de medição e é baseada nas experiências pessoais de cada mulher, que classifica o orgasmo na escala de acordo com suas próprias impressões.
O autor do estudo é Emmanuele Jannini, professor de endocrinologia e sexologia médica da Universidade de Roma Tor Vergata. Ele explica que há muitas semelhanças, neurologicamente falando, entre prazer e dor. Dessa forma, o chamado orgasmômetro funciona de forma similar a qualquer escala usada para medir dor.
O teste foi feito com mulheres entre 19 e 35 anos, que após terem qualquer tipo de relação sexual, foram orientadas a entrar em um site que foi criado para o experimento. Lá elas encontravam um questionário que ia se adequando às respostas dadas, para se encaixar melhor no perfil de orientação sexual de cada uma delas e dessa forma oferecer um resultado mais preciso.
Nas perguntas sobre orgasmo, notas entre 0 e 10 podiam ser dadas, com a intensidade sendo particular para cada pessoa. Entre os resultados mais interessantes obtidos pelo orgasmômetro, está um dado que comprova que a intensidade dos orgasmos aumenta conforme a idade da mulher.
Estudando o prazer
Jannini explica o que o motivou a iniciar a pesquisa. “Somos os únicos animais neste planeta que fazem sexo não apenas para se reproduzir, mas por prazer. É surpreendente que tanto a ciência quanto a medicina não tenham demonstrado mais interesse neste aspecto”, afirmou o cientista.
Ele afirma que conhecer melhor a sexualidade feminina ajuda a combater ideias machistas sobre o sexo. “Me oponho fortemente à ideia de que as mulheres são meros instrumentos nas mãos dos homens. Isso vai contra a minha ideia de paridade na cama: temos os mesmos direitos e temos os mesmos deveres, de certa forma, na hora de atingir o objetivo das relações sexuais, que é o prazer “, disse.