Em muitas cidades brasileiras, pessoas que tomaram a primeira dose da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 estão recebendo a segunda dose da Pfizer. Mas afinal de contas, isso é mesmo seguro?
A prática não é incomum no resto do mundo e pode até não ser a mais indicada, mas é testada e apresenta bons resultados no combate ao vírus, sendo assim válida.
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O sistema de vacinação com duas doses de fabricantes diferentes é chamado de heterólogo e já foi usado em vários momentos, tanto durante a pandemia de Covid-19, em outros países, como também na vacinação contra outras doenças.
O resultado não só é satisfatório, como pode até mesmo potencializar a ação dos anticorpos em alguns casos.
Existem pelo menos dois estudos realizados sobre o método heterólogo com as vacinas da AstraZeneca e da Pfizer, um feito na Alemanha e outro no Reino Unido.
Os dois mostraram um nível de eficácia da imunização até potencializado, no caso de quem recebeu a primeira dose da AstraZeneca e a segunda da Pfizer, embora o sistema tenha um pequeno ponto desfavorável.
Ao mesmo tempo em que a imunização pode ser até aumentada, os incômodos efeitos colaterais podem ter uma leve piora em quem for vacinado dessa forma.
No entanto, os especialistas deixam claro que isso não é motivo para deixar de se vacinar no método heterólogo, já que os efeitos colaterais são, em sua grande maioria, temporários e controláveis.
Desentendimento
No Brasil, algumas capitais adotaram o método após não receberem o número de doses de AstraZeneca prometido pelo Governo Federal.
O Ministério da Saúde, por sua vez, critica algumas administrações estaduais e municipais por estarem seguindo um cronograma de vacinação diferente – e muitas vezes mais eficiente – do que o do Governo Federal, daí a falta de doses.
O problema deve ser solucionado nos próximos dias, quando a FioCruz começa a enviar novas remessas de doses da AstraZeneca.
Em alguns estados, os idosos e grupos de risco começaram a tomar uma terceira dose, que pode ser da AstraZeneca, Pfizer ou até mesmo da Janssen.