É basicamente isso que diz um estudo publicado no Journal of Applied Psychology. Crianças que leram a série de livros Harry Potter, da escritora britânica J.K. Rowling, tendem a lidar melhor com grupos de minorias como homossexuais, refugiados e imigrantes.
Segundo o estudo, Harry Potter lida com esses temas de forma que as crianças absorvam a informação de que preconceito e discriminação são errados. Um exemplo disso é a expressão “sangue ruim”, usada nos livros por bruxos puristas para descrever bruxos nascidos de pais não bruxos (que são chamados de “trouxas”). É considerado um termo extremamente pejorativo.
Da mesma forma, os nazistas usavam a expressão “mischling”, que significa “meio-sangue” em alemão, para designar alemães de ascendência judaica. É possível traçar vários paralelos entre a ideologia nazista e os ideais do vilão Voldemort, um bruxo defensor da pureza sanguínea dos nascidos bruxos.
Há também em Harry Potter questões como a dos elfos domésticos, criaturas não humanas que trabalham como criados mágicos para alguns humanos, em condições de escravidão. Outras criaturas mágicas, como grifos e dragões, trazem a questão do mau trato aos animais, entre outras.
Harry Potter e as questões sociais
J.K. Rowling publicou os sete livros da série Harry Potter entre 1997 e 2007. O sucesso mundial foi gigantesco e repetido pelos 8 filmes, lançados entre 2001 e 2011, estrelados por Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint. É considerada a maior franquia de filmes da história, ficando a frente de Star Wars e do agente secreto 007.
A escritora continua explorando o universo de Harry Potter, agora com o spin-off Animais Fantásticos e Onde Habitam, que também ganhou uma adaptação em filme. Rowling pretende continuar escrevendo sobre o universo da série, porém, já disse em entrevista que acredita já ter contado toda a história de Harry Potter e da escola de magia e bruxaria de Hogwart