Experiência de quase morte (EQM) é o nome dado ao conjunto de sensações e visões que são associadas a situação de morte, causada seja por acidente ou doença grave. Foi o psicólogo e epistemólogo francês Victor Egger, no final do século XIX, em 1896, que propôs essa denominação.
Essa experiência também é chamada de projeção de consciência, experiência do túnel, experiência fora do corpo e entre outros nomes.
Como a Experiência de Quase Morte é interpretada
A Experiência de Quase Morte é alvo de interesse de médicos, cientistas, psicólogos e espiritualistas.
O estudo da EQM pode ser dividido em duas vertentes: a primeira é que a experiência se encerra no cérebro, já a outra que é negada pela maioria da comunidade científica é que há a existência de uma consciência fora do corpo.
Em geral, esta experiência é interpretada como prova do dualismo cérebro e mente e da existência ou não de vida após a morte.
Contudo, alguns médicos e cientistas defendem o pressuposto de que tudo não passa de alucinações. Essa é a explicação científica aceita até o momento.
Relatos de pessoas que passaram pela experiência
As pessoas que dizem ter passado pela Experiência de Quase Morte descrevem os seguintes sintomas:
• Sensação de estar em um túnel ou buraco com uma luz forte no final, a chamada “experiência do túnel”;
• Visão em 360º;
• Sensação de estar vendo tudo de cima;
• Impressão de estar fora do corpo e ver seu corpo físico em estado inerte;
• Sensação de flutuação;
• Visão e/ou encontro com seres espirituais;
• Ampliação dos sentidos;
• Tranquilidade, bem-estar e paz interior.
O que muda após a Experiência de Quase Morte
Muitos dos pacientes que relataram ter passado por essa experiência afirmaram que passaram a não ter medo da morte e, além disso, alteraram seu ponto de vista em relação ao mundo.
Muitos se tornam místicos e passam a ver de outra forma a religiosidade, inclusive, começaram a acreditar em reencarnação e vida após a morte.
Em geral, as pessoas enxergam a volta à vida como uma nova chance, e passam a viver com mais confiança.
Experiência de Quase Morte na literatura
As primeiras referencias da EQM são relatadas já na obra “A República”, de Platão, escrito no século IV a.C. Contudo, por muito tempo esses relatos foram encarados como crenças e superstições populares.
No mais, o assunto só passou a ter destaque a partir da década de 1950 com o crescimento e popularização da ressuscitação cardiopulmonar.
Uma pesquisa feita em 1882 pelo instituto norte-americano Gallup é considerada até hoje uma referência no assunto. Esta pesquisa revelou que 4% da população americana, cerca de 8 milhões de pessoas, já tiveram a experiência. Essa constatação, elimina a possibilidade do fenômeno ser considerado uma histeria coletiva.
Há famosos best sellers sobre o tema, como o “Vida Depois da Vida: A Investigação do Fenômeno de Sobrevivência à Morte Corporal, do médico Raymond Moody, lançado na década de 1970 e “A Luz do Além” (1988), do mesmo autor.
