Intuição: cientistas descobrem como medir palpites e pressentimentos

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Conhecida como “pressentimento”, “voz interior” ou até mesmo “sexto sentido”, a intuição pode desempenhar um papel real na tomada de decisão das pessoas. É o que sugere um novo estudo, publicado na revista Psychological Science.

De acordo com os resultados da pesquisa, pela primeira vez, cientistas desenvolveram uma técnica para medir a intuição. Depois de usar este método, eles encontraram evidências de que as pessoas podem agir de forma intuitiva para tomar decisões mais rápidas e precisas.

“O estudo mostra que a intuição existe de fato e pode ser medida”, afirma Joel Pearson, professor de psicologia na Universidade de Nova Gales do Sul na Austrália e principal autor do estudo.

A intuição

A intuição é um tema popular na psicologia e, geralmente, se refere a um processo cerebral que dá as pessoas a capacidade de tomar decisões sem o uso do raciocínio analítico. Apesar da aceitação generalizada dessa ideia por psicólogos e pelo público, os cientistas não tinham um teste confiável para reunir dados objetivos sobre a existência da mesma.

Nessa nova pesquisa, no entanto, Joel Pearson e seus colegas fizeram uma série de experimentos para determinar se a pessoa estava usando sua intuição para ajudar a se orientar durante uma tomada de decisão. Os pesquisadores definem o processo como uma influência de “informação emocional inconsciente” do corpo ou do cérebro, como um sentimento instintivo ou uma sensação.

Medindo a intuição

Nos experimentos, os pesquisadores mostraram a pequenos grupos, com cerca de 20 estudantes universitários, imagens em preto e branco de pontos em movimento em torno da metade de uma tela de computador. Pediu-se para que os estudantes decidissem se os pontos estavam se movendo para a esquerda ou para a direita. À medida que os participantes tomavam esta decisão, do outro lado da tela, piscava um quadrado brilhante de outra cor.

Às vezes, também era colocada uma imagem no quadrado colorido, com o intuito de provocar uma resposta emocional dos participantes. Por exemplo, cada imagem foi destinada a induzir uma emoção positiva (um cachorro ou um bebê) ou uma emoção negativa (uma arma ou uma cobra). No entanto, os participantes não sabiam exatamente o que tinham nestas imagens emocionais, pois elas passavam em velocidades rápidas demais para serem conscientemente percebidas.

Estas imagens subliminares foram feitas para simular um tipo de informação que envolve a intuição – elas foram breves, emocionalmente carregadas e inconscientemente percebidas.

Resultados

Os resultados mostraram que quando as imagens subliminares positivas foram mostradas aos participantes, eles se saíram melhor na tarefa, com maior precisão ao determinar de que maneira os pontos estavam se movendo. Eles também responderam mais rapidamente e relataram que se sentiam mais confiantes em sua escolha.

Os experimentos também mostraram que o uso da intuição fica aprimorado ao longo do tempo. É como se aprendessem a usar a informação inconsciente em seu cérebro.

A intuição pode ajudar as pessoas a tomarem melhores decisões sob circunstâncias corretas. O estudo mostrou que a informação subconscientemente percebida no cérebro ajuda nas decisões. Para isso, é preciso que essa informação tenha algum valor ou evidência adicional além daquelas que as pessoas já têm em sua mente consciente.

No futuro, os pesquisadores poderão ser capazes de desenvolver um método para treinar pessoas em tirar proveito de sua intuição e também testá-la para ver se ela realmente melhorou com uso e prática mais frequentes.



fonte: livescience
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