Há cerca de 252 milhões de anos, aconteceu a maior extinção em massa da história, eliminando praticamente 80% da vida na Terra. Ela foi causada por erupções vulcânicas absurdamente fortes que geraram uma reação em cadeia envolvendo até mesmo a camada de ozônio, que na época foi bastante enfraquecida.
A série de erupções extremamente poderosas teve seu epicentro na região da atual Sibéria, na Rússia e seus vestígios ainda podem ser vistos na forma dos Trapps Siberianos, que são basicamente o solo do local, feito de basalto formado a partir do magma que esfriou e se solidificou. Essas erupções ocorreram de forma ininterrupta durante cerca de 1 milhão de anos.
No entanto, por mais brutal que a erupção tenha sido, ela por si só não foi forte o suficiente para causar a maior extinção já vista. Cientistas franceses descobriram que a atividade vulcânica foi apenas o primeiro passo de uma reação em cadeia que liberou uma série de gases e elementos voláteis, como dióxido de carbono, que estavam presos em camadas mais externas, debaixo do solo siberiano.
A alta liberação desses gases aumentou drasticamente a temperatura do planeta e afinou a camada de ozônio da Terra. Isso afetou a reprodução da maioria das plantas e estava montado o cenário que praticamente dizimou a vida no planeta e abriu caminho para que as poucas espécies restantes povoassem o planeta mais ou menos da forma como o conhecemos hoje.
Extermínio
Esse evento, conhecido como Extinção do Permiano-Triássico, ou a Grande Agonia, foi a maior extinção em massa ocorrida no planeta, superando em muito a mais famosa delas, que matou os dinossauros muito tempo depois. Cerca de 95% da vida marinha e 70% da vida terrestre foi completamente eliminada, com algumas áreas do globo ficando completamente livres de qualquer ser vivo.
Entre as espécies que deixaram de existir nessa época estão os trilobitas, artrópodes marinhos que foram abundantes durante muito tempo no planeta, além de grupos inteiros de répteis primitivos, ancestrais dos dinossauros. A vida na Terra só iria se recuperar completamente do estrago cerca de 30 milhões de anos depois.