Ao longo da história, os mapas foram considerados tanto pela beleza que demonstravam quanto pela precisão. Quando os mapas eram desenhados à mão, eram difíceis e caros de produzir, e aqueles projetados para bibliotecas pessoais eram adequadamente pródigos para refletir seu status como itens de luxo. Mesmo nos tempos modernos, alguns fabricantes de mapas projetam suas obras para marcar algum momento. E muitos outros os projetam apenas pela beleza que apresentam, com cores suaves e traços marcantes.
Confira 10 dos mapas mais bonitos e criativos já feitos
10. Planisphaerium Arateum (Planisfério de Aratus)
O planisfério de Aratus, ou a composição das órbitas celestes segundo a hipótese de Aratus expressa em uma visão plana, foi desenhado por Andreas Cellarius e publicado em 1660 como parte de sua Harmonia Macrocosmica (harmonia do macrocosmo). Esse planisfério mostra um modelo do universo de acordo com o astrônomo e poeta grego Aratus. Ele mostra a Terra no centro do universo, com o Sol, a Lua e outros planetas orbitando ao redor dela, e os sinais do zodíaco também girando em torno dela. As órbitas são particularmente graciosas, e todos os detalhes são claros e precisos.
9. The Cedid Atlas
Selim III, então sultão do Império Otomano, engajou-se em muitas reformas e modernizações durante seu reinado, e este atlas de 1803 foi o primeiro impresso completo, conhecido no mundo muçulmano, a usar a cartografia de estilo europeu. Apenas 50 exemplares foram impressos, e muitos deles foram queimados em um incêndio de armazém durante uma revolta Janissary daqueles que se opunham às reformas de Selim, por isso também é um dos mais raros atlas impressos. A rotulação é notavelmente bem feita, mesmo pelos altos padrões da modernidade. Cada página foi montada em pano, ao invés de papel, para torná-lo mais durável.
8. O mapa fantasioso de Sarkamand
Esse é o mapa de uma capital poderosa no deserto, onde fica localizado o Padisha. Foi criado usando o Photoshop e o Illustrator por Robert Altbauer. O estilo das letras em Árabe sugere que os nomes façam referência à belíssima cidade de Sarkamand, onde hoje se localiza o Uzbequistão. O desenho dos círculos sobrepostos parecem fotografias da estrutura celular. Altbauer projetou mapas para jogos, televisão e romances de fantasia.
7. Um mapa antigo de Fairyland
Esse mapa, que foi criado em 1918, representa uma ilha que mostra a localização de dezenas de mitos, contos de fadas e folclore. As fontes são em grande parte britânicas, mas também há inspirações de mitos gregos e alemães. Você pode ver o reino de Oberon do Sonho de Noite de Verão, o túmulo do Rei Arthur, uma montanha onde os Rocs (aves de rapina) constroem seus ninhos, a cabana da Capa Vermelha, Tom Thumb, Monsalvat (a terra onde o Santo Graal é guardado pelos Cavaleiros do Graal) e o navio de Ulisses.
6. O Plano de Duque de Nova York
1664 foi o ano em que os ingleses capturaram Nova York dos holandeses. Esse mapa mostra diversas representações originais desse tempo, incluindo o rio de Hudson, Longe Isleland, e Mannados. O mapa foi apresentado a James, o Duque de York, com a expectativa de que ele nomearia a cidade.
O desenho, copiado de um mapa holandês anterior, combina elementos ornamentados, como a borda decorativa e a legenda, com bastante espaço vazio representando a terra e grande parte da água. Os navios britânicos, acrescentados para reforçar que a cidade se tornou território britânico, são desenhados de forma tão delicada que enfatizam o espaço vazio.
5. Cheonhado
Esse mapa foi criado na Coreia por volta de 1800, e é conhecido como Cheonhado. O termo significa “mapa completo de tudo sob o Céu” e mostra o místico Monte Meru no centro. Nas crenças Budistas Jain e Hindu, o Monte Meru não é apenas o centro físico, mas o centro espiritual do universo. Outros países, com pouca consideração pelos seus tamanhos pequenos ou localização geográfica, orbitam a China e o Monte Meru.
4. Condado de Yongying na China
Esse mapa foi criado na China em algum momento entre 1734 e 1779 e mostra os sistemas de rios do condado de Yongying na China. Ao contrário da maioria dos mapas ocidentais, o sul está no topo e o norte na parte inferior. Foi pintado em seda, e os rótulos foram colados sobre ele. As curvas suaves e todas as cores também suaves dão ao mapa uma aparência bastante tranquila.
3. Leo Belgicus
Em 1583, Michael Aitzinger desenhou um mapa que retratava os Países Baixos, Luxemburgo e a Bélgica em forma de leão, inspirado pelos leões que eram tão comuns na região nobre. Ele o chamou de Leo Belgicus, e começou uma tendência entre os cartógrafos. A versão mais famosa é a de Claes Janszoon Visscher, de 1611.
2. Investigação do rio mais baixo de Mississippi
Em 1944, Harold Norman Fisk, um professor de geologia, publicou isso como parte de um relatório para o Corpo de Engenheiros do Exército. Esse mapa representa as mudanças do rio de Mississippi com o passar do tempo. Podemos ver várias ondulações grandes e minúsculas, e juntas, todas parecem algum tipo de arte abstrata. A pesquisa por trás desse mapa é tão impressionante quanto o próprio mapa. Fisk e sua equipe usaram aproximadamente 16 mil amostras de solo de vários locais ao redor do rio e os compararam com fotografias aéreas para estabelecer os padrões dos antigos fluxos por onde a água passava.
1. Livro de navegação
O almirante otomano Piri Reis projetou diversos mapas lindos e muito bem feitos, incluindo a coleção em seu livro de navegação, publicado em 1521. Os mapas mostram a delicada precisão dos manuscritos otomanos, e a coloração das massas de terra (que eram muito menos importantes para os Reis). Seu primeiro mapa do mundo, publicado em 1513, inclui a América do Norte e a América do Sul. Algumas pessoas acreditam que a seção que mostra a parte sul da América do Sul e a costa da Antártida são tão precisas que prova que os seres humanos exploraram a Antártida muito antes de o registro histórico indicar. No entanto, o mapa tem erros suficientes (incluindo uma anotação que diz que a região está quente) para deixar claro que os pontos que são precisos são muito mais prováveis devido a boas suposições informadas com base em habilidades topográficas.