Pesquisa revela possível existência de água nos planetas do sistema TRAPPIST-1

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Uma equipe internacional de astrônomos utilizou o Telescópio Espacial Hubble para verificar a existência ou não de água nos sete planetas, de tamanho semelhante ao da Terra, que orbitam a estrela anã TRAPPIST-1. Os resultados sugerem que os planetas exteriores do sistema podem ter substanciais quantidades de água. Isso inclui os três planetas que estão dentro da zona habitável da estrela, o que dá mais indícios de que eles podem ser habitáveis.

No último dia 22 de fevereiro, astrônomos anunciaram a descoberta de sete planetas, com o mesmo tamanho da Terra, orbitando a fria estrela anã TRAPPIST-1, que está a 40 anos luz de distância. A descoberta fez o sistema planetário se tornar o que mais tem planetas com o mesmo tamanho da Terra.

Após a descoberta, uma equipe internacional de cientistas, liderados pelo astrônomo suiço Vincent Bourrier, utilizaram o telescópio Hubble para estudar a quantidade de radiação ultravioleta que cada planeta recebe.

“A radiação ultravioleta é um importante fator na evolução atmosférica dos planetas. Como em nossa atmosfera, na qual a luz ultravioleta divide as moléculas, a luz ultravioleta tabém pode quebrar o vapor de água na atmosfera de exoplanetas em hidrogênio e oxigênio”, explicou Bourrier.

Enquanto que a radiação ultravioleta de baixa energia é capaz de quebrar moléculas de água – em um processo chamado de fotólise ou fotodissociação, os raios ultravioleta possuem mais energia e raios X aquecem a parte da atmosfera que está no quase espaço, o que permite que os produtos desse processo, o hidrogênio e o oxigênio, escapem.

Por ser muito leve, o gás hidrogênio pode escapar da atmosfera de exoplanetas, e foi detectado no entorno desses corpos celestes, com a ajuda do telescópio Hubble, e, assim, age como um possível indicador de vapor de água atmosférico. A quantidade de radiação ultravioleta emitida por TRAPPIST-1 sugere que os planetas já podem ter perdido enormes quantias de água durante sua história.

Isso se encaixa, principalmente, nos dois planetas mais internos do sistema solar, TRAPPIST-1b e TRAPPIST-1c, que recebem as maiores quantidades de energia ultravioleta. “Nossos resultados indicam que as quantidades de água que escaparam podem ter um papel importante na evolução desses planetas”, disse Julien de Wit, uma das coautoras do estudo.

Os planetas internos já podem ter perdido uma quantidade de água correspondente a 20 oceanos da Terra, nos últimos 8 bilhões de anos. No entanto, os planetas externos – incluindo os planetas e,f e g, que estão na zona habitável – devem ter perdido muito menos água, o que sugere que eles podem ter mantido alguns resquícios de água em suas superfícies, apesar de ainda não ser possível estimar a quantidade exata.

Fonte: Science Daily
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