Em um cenário onde é possível que não haja água potável para boa parte da população mundial, é esperado que muitas mortes ocorram por conta de desidratação, especialmente em lugares muito quentes. Mas por quanto tempo uma pessoa aguentaria sem água?
Devido a vários fatores como a temperatura local e a saúde do indivíduo, não há como prever exatamente quanto tempo uma pessoa levaria para morrer desidratada. Os palpites variam de dois dias até uma semana, conforme as circunstâncias. Crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas e que trabalham ou fazem exercícios ao ar livre são mais suscetíveis a desidratação.
O biólogo Randall Packer, da Universidade George Washington, em Washington D.C., Estados Unidos, explica a perda de água que um indivíduo pode sofrer em temperaturas muito altas “Um adulto pode perder entre 1 litro e 1 litro e meio de suor por hora. Uma criança deixada em um carro quente ou um atleta fazendo exercícios pesados no calor pode se desidratar, superaquecer e morrer em um período de poucas horas”.
O superaquecimento é um problema que muitas vezes vem junto com a desidratação. A falta de água no corpo acaba aumentando a temperatura dos órgãos internos e, consequentemente, a sua falência.
Segundo as diretrizes do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido, publicadas em 2009, a desidratação é considerada severa quando o indivíduo perde cerca de 10% de seu peso corporal em água. De qualquer forma, esse número não é totalmente preciso.
O que acontece no corpo quando falta água?
Os sintomas mais comuns da desidratação são sede, pele seca, fadiga, sensação de cabeça flutuando, tontura, confusão, boca seca e respiração e pulsação aceleradas. Em crianças, a desidratação pode ser diagnosticada quando choram, mas não produzem lágrimas.
Além disso, o sangue e a pouca água que restam são direcionados para a manutenção dos órgãos vitais. Os rins não conseguem mais limpar as impurezas do sangue e o corpo é lentamente tomado por toxinas, que podem levar a morte.