Qual é a temperatura do inferno?

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A expressão “mais quente que o inferno” é usual em nossas rotinas. OK, é apenas uma forma de dizer, mas qual é a temperatura necessária para se equiparar a este local de sofrimento e condenação?

Ninguém esteve no inferno para saber qual é a real temperatura – afinal, trata-se de um termo utilizado por religiões, mitologias e filosofias, mas não é, exatamente, algo factível. No entanto, dá para se ter uma noção a partir de registros sobre o assunto.

Uma compilação de dados e registros históricos feita pelo site Livescience chegou a uma resposta concisa. Veja:

Localização

Antes de tudo, é necessário saber a localização do inferno. A maioria das religiões descreve o inferno em um subterrâneo profundo.

Presumivelmente, o inferno estaria, em profundidade, na mesma distância de Nova York até Pequim ou Londres, por exemplo. A efeito de comparação, portanto, será considerado que o local está no centro da Terra, em seu núcleo.

Informações

Não há informações concretas sobre a temperatura do núcleo interno da Terra, mas estima-se que esteja entre 5.000°C e 6.000°C. Ou seja: é esta a temperatura do inferno. Quente o suficiente para derreter aquela bola de ferro que prisioneiros carregam.

Compare este dado com a temperatura da camada externa do sol, ou fotosfera, que atinge cerca de 5.500°C. O inferno, então, é mais quente que a fotosfera.

Por que o centro da Terra é tão quente?

A resposta para esta pergunta é uma combinação de dois elementos. Primeiro, todos os materiais radioativos na Terra geram calor quando se deterioram. Em segundo lugar, há o calor residual da formação do planeta.

Quando toda a matéria que criou a Terra se reuniu, ela pegou energia cinética, que foi conservada quando o planeta ainda era uma esfera sem vida. Isso se transformou em calor, que tem sido emitido lentamente.

No total, a Terra irradia 46 terawatts (TW) de calor a partir de materiais radioativos e energia primordial. Para comparação, o mundo inteiro usou cerca de 16,5 TW de energia em 2008, incluindo os 3.3 TW utilizados pelos Estados Unidos.

No fim das contas, este calor vai consumir a Terra em algum momento e se tornar um astro “morto”, como a Lua. Mas o final da vida terrestre ainda está longe de acontecer.



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