Imagine a seguinte situação: você acabou de fazer sexo com seu parceiro(a), quando de repente, seu coração para de bater. Por mais louco que pareça, saiba que um estudo feito recentemente sugere que, apesar de tal fato poder acontecer, ele também é bastante raro.
O estudo, publicado no periódico Journal of the American College of Cardiology, analisou informações de mais de 4,5 mil pessoas que sofreram paradas cardíacas repentinas. Entre todos esses casos, apenas 1% deles ocorreu durante ou após a atividade sexual.
Esse estudo foi o primeiro a exame a atividade sexual como potencial causa de paradas cardíacas entre a população. “Apesar da parada cardíaca ser uma condição devastadora com um alta chance de morte, a chance disso acontecer durante a atividade sexual é extremamente baixa”, explicou Sumeet Chugh, diretor médico do Cedars-Sinai Heart Institute de Los Angeles e o principal autor do estudo.
Um dos dados notados pela pesquisa é que quando o sexo estava ligado à parada cardíaca, 94% dos casos ocorriam em homens. Entre eles, uma a cada 100 ocorrências estavam diretamente ligadas com sexo, em comparação com um a cada mil casos em mulheres.
Além disso, pessoas que vivenciaram uma parada cardíaca durante ou depois do sexo costumavam ser um pouco mais jovens, na casa dos 60 anos de idade, em média. Para efeito de comparação, outras vítimas do problema, em situações distintas, costumavam ter, aproximadamente, 65 anos.
Aqueles que tiveram uma parada cardíaca durante ou após o sexo, provavelmente, possuíam algum problema cardíaco ou estavam tomando alguma medicação, ao contrário de várias outras situações.
Um fato preocupante que o estudo apontou é que por mais que o parceiro da pessoa que sofreu a parada testemunhasse o problema, uma reanimação cardiorrespiratória foi feita em apenas um terço dos casos, algo fundamental enquanto o socorro não chega. Isso mostra a necessidade de ensinar e mostrar ao público a importância da técnica para garantir a sobrevivência de vítimas.
“Múltiplas pesquisas já mostraram que reanimações feitas por pessoas próximas pode melhorar as chances de sobrevivência em uma parada cardíaca”, afirmou Sumeet Chugh.