O Sol é a nossa estrela mais próxima e conhecida, mas ninguém sabia exatamente como é lá. Pelo menos até agora, que uma sonda conseguiu entrar na atmosfera solar e sair de lá para contar a história.
O que a sonda solar Parker, da Nasa, viu por lá, mostrou que ainda temos muito o que aprender sobre a nossa estrela, quem dirá sobre as outras, distantes e diferentes dela.
A Parker é uma das empreitadas mais ousadas da Nasa e, de longe, a mais bem-sucedida em relação a estudos sobre o Sol.
Ela foi enviada junto com um escudo térmico, programado para estar sempre entre a sonda e a estrela, capaz de suportar até 1400 graus, de forma tão eficiente, que os equipamentos levados pela nave permanecem a apenas 30 graus. Dessa forma, ela pode olhar para o Sol com mais segurança.
Em volta da estrela, a Parker também conseguiu visualizar um fenômeno que já era especulado há alguns anos, mas nunca havia sido observado. A poeira de asteroides e cometas que vagam pelo Sistema Solar fica mais fina quando se chega mais perto da estrela.
Os pesquisadores da Nasa acreditam que quanto mais se aproximam da superfície solar, mais próximos estão de chegar a uma zona onde a poeira deixa de existir.
Onde o vento faz a curva
A missão também focou em analisar os ventos solares, as violentas tempestades que ocorrem na camada mais externa do Sol e cujas partículas radioativas, em ondas muito grandes, podem afetas astronautas na Estação Espacial Internacional, bem como a comunicação pela rede de satélites da Terra.
Agora temos informações importantes sobre esses ventos.
A Nasa afirmou que, por algum motivo ainda desconhecido, as partículas, que deveriam ficar mais lentas conforme se afastam da estrela, acabam se acelerando, alcançando velocidades superiores a 150 quilômetros por segundo. Elas se aceleram muito rápido, dobrando de velocidade em poucos minutos.
A Parker também descobriu que elas fazem um caminho em forma de S, ao invés de serem ejetadas da estrela em linha reta, devido ao campo magnético solar.