Por mais que seja considerado um meio de transporte bastante seguro, acidentes de avião são comuns, e ocorrem com certa frequência. E em muitos desses casos, algumas aeronaves desaparecem misteriosamente, sem deixar qualquer tipo de vestígio, mesmo com a incrível tecnologia que possuímos atualmente.
Confira abaixo 10 voos e aeronaves que desapareceram misteriosamente:
10) Frederick Valentich
Em 21 de outubro de 1978, Frederick Valentich, de 20 anos, desapareceu durante um voo, em seu Cessna 182L. Ele era descrito pela família e amigos como um “entusiasta de discos voadores”, e em sua viagem derradeira, afirmou que estava sendo acompanhado por uma aeronave misteriosa.
Enquanto sobrevoava o Estreito de Bass, que fica entre a ilha da Tasmânia e a Austrália continental, disse para o controle aéreo que estava sendo seguido por outra aeronave, que respondeu que não havia tráfego por perto. Valentich descreveu a nave como enorme e iluminada por quatro grandes luzes. Ela estava apenas 300 metros acima dele e se movimentava em alta velocidade.
Logo, Frederick afirmou que a aeronave estava bem acima dele, e que tinha uma superfície de metal e uma luz verde. O controle de tráfego pediu para ele identificá-la, e ele respondeu “não é uma aeronave”, até que sua transmissão foi interrompida por um barulho não identificado. O contato foi perdido, e nem Frederick e sua aeronave jamais foram vistos de novo.
9) Desaparecimento do Douglas C-124, da Força Aérea Americana
No final da tarde de 23 de março de 1951, o Douglas C-124 Globemaster II, da Força Aérea Americana, precisou fazer um pouso no oceano enquanto ia para o Reino Unido. Uma explosão no compartimento de carga fez os pilotos tomarem a decisão de pousar o avião no Atlântico, a alguns quilômetros da Irlanda. A exata localização foi enviada pelos pilotos, e o pouso foi um sucesso.
Uma aeronave B-29 foi até o local para ajudar, viu que todos os 53 passageiros em botes salva-vidas, e tudo parecia certo. Assim, o B-29 retornou até sua base, pois estava com pouco combustível. Porém, algumas horas depois, ao voltarem ao local, à aeronave e todos os passageiros despareceram misteriosamente.
As únicas coisas encontradas foram um pedaço de madeira compensada queimada e uma maleta. O destino do C-124 e seus tripulantes permanece um mistério até hoje.
8) Amelia Earhart
Amelia Earhart foi uma das pioneiras da aviação americana. Ela possui vários recordes em seu nome, como o fato de ser a primeira mulher a cruzar sozinha o Oceano Atlântico. Mas em 2 de julho de 1937, ela desapareceu no Oceano Pacífico, perto da Ilha de Howland.
Suas últimas transmissões para o navio mais próximo, chamado Itasca, mostravam que Amelia acreditava estar próxima de Howland. Mas isso estava incorreto: ela estava há 8 quilômetros de distância do local. Temendo pelo pior, a embarcação gerou diversas nuvens de fumaça para ajudá-la, mas nada adiantou.
Muitas teorias cercam o desaparecimento de Amelia Earhart, e incluem um pouso fatal no oceano, captura de tropas japonesas, e que ela desceu (com ou sem sucesso) na Ilha de Gardner, a mais de 560 quilômetros de distância de Howland.
7) Voo Flying Tiger 739
Em 16 de março de 1962, o voo 739 da Flying Tiger desapareceu na porção ocidental do Oceano Pacífico. O Lockheed Super Constellation carregava 93 soldados americanos e mais 3 sul vietnamitas, da Califórnia até Saigon. Acredita-se que todos os 107 tripulantes morreram no incidente.
Nenhum traço de destroços ou detritos jamais foi encontrado. A única orientação que os investigadores tiveram foi a de um civil, que estava em um navio tanque, que disse ter visto “um brilho de luz muito forte, seguido de dois pontos vermelhos caindo no oceano, em diferentes velocidades”. Com tal afirmação, acredita-se que a testemunha viu a aeronave explodir no meio do voo, que se dividiu em duas e caiu no oceano separadamente.
Os investigadores afirmam, pelas evidências, que se tratou de alguma espécie de sabotagem. Mas como a aeronave jamais foi encontrada, jamais saberemos o que realmente aconteceu.
6) Voo 19
Voo 19 foi designação utilizada por cinco torpedeiros, da marca Avenger, que desapareceram sem nenhum vestígio no Triângulo das Bermudas, em 5 de dezembro de 1945. Outra aeronave que foi enviada para o local para procurar os aviões também desapareceu.
Os torpedeiros estavam com sérias dificuldades de navegação sobre o Triângulo das Bermudas. Os seus compassos não funcionavam corretamente, e tinham pouco combustível, em sua última transmissão.
Nesse ponto, o sol já havia se posto, e as condições meteorológicas só pioravam. As 7:27 da noite, um PBM-5 Mariner decolou para procurar os torpedeiros, e também desapareceu. Um navio tanque próximo ao local teria visto uma aparente explosão. Os destroços das aeronaves jamais foram encontrados.
5) Star Ariel
O Star Ariel desapareceu em 17 de janeiro de 1949. Até hoje, ninguém sabe as causas do desaparecimento da aeronave da British South American Airways e seus 20 tripulantes. O tempo estava excelente, a visibilidade era boa e os pilotos eram experientes. O capitão optou por um voo de alta altitude para tirar proveito das condições favoráveis. O avião saiu de Bermuda em direção a Kingston, capital da Jamaica.
O último contato com o Star Ariel foi feito as 9:42 da manhã. Apesar da grande operação de busca feita pela Marinha Americana, não foram encontrados destroços, detritos ou os corpos dos tripulantes. Com a falta de evidências, a investigação considerou a causa do acidente desconhecida.
4) Star Tiger
Antes do Star Ariel, em 30 de janeiro de 1948, outra aeronave da British South American Airways, a Star Tiger, despareceu entre a Ilha de Santa Maria (no arquipélago de Açores, em Portugal) e Bermuda. Acredita-se que todos os 31 passageiros faleceram, e as causas do desaparecimento permanecem um mistério.
Diferente do Star Ariel, os dois experientes pilotos do Star Tiger voaram a apenas 600 metros de altitude, por conta dos fortes ventos e chuva que encontraram durante o trajeto.
Sugere-se que uma forte rajada de vento pode ter forçado a aeronave contra o oceano, ou que uma falha no altímetro fez os pilotos jogarem o avião suavemente na água. Nenhum sinal de ajuda foi enviado, e os destroços do Star Tiger nunca foram encontrados.
3) Desaparecimento do Antonov An-32, da Força Aérea Indiana
Em 22 de julho do ano passado, um Antonov An-32, que pertencia a Força Aérea Indiana, desapareceu enquanto sobrevoava o Golfo de Bengala. 29 pessoas estavam a bordo.
O último contato foi feito as 9:12 da manhã, e as operações de busca se tornaram as maiores já realizadas pelo país. 16 navios, um submarino e seis aeronaves foram até o local procurar o Antonov. Em 15 de setembro, operação foi oficialmente encerrada, sem encontrar qualquer vestígio do avião, e todos a bordo foram considerados mortos.
2) N844AA
Em 25 de maio de 2003, um Boeing 727, registrado com N844AA, foi roubado do aeroporto Quatro de Fevereiro, em Luanda, capital da Angola. Antes do pôr do sol, dois homens entraram na aeronave: o piloto americano Ben Padilla e o mecânico congolês John Mutantu. Nenhum deles estava certificado para voar o 727, que precisa de uma equipe de três pessoas para decolar. O avião foi até a pista de decolagem sem autorização, e não se comunicaram com a torre de controle. Com suas luzes desligadas e manobras erráticas, a aeronave decolou em direção ao Oceano Atlântico.
Desde então, nenhum dos homens ou o avião foram vistos novamente. O desaparecimento do N844AA promoveu uma busca em nível mundial pelo FBI e a CIA. Mas o Boeing 727 jamais foi encontrado.
1) Voo Malaysian Airlines 370
O Voo 370 da Malaysian Airlines despareceu em 8 de março de 2014, enquanto ia de Kuala Lumpur, capital da Malásia, até Pequim, capital da China. Um total de 239 pessoas estava a bordo do Boeing 777, e a operação de busca mais cara da história da aviação (foram gastos de 130 a 160 milhões de dólares) falhou em achar qualquer evidência da enorme aeronave. Algumas peças de suas asas acabaram parando em algumas ilhas, bem como uma maleta, que pode estar relacionada com o incidente. Mas o avião jamais foi encontrado, e as causas do acidente permanecem desconhecidas.
A última comunicação com os pilotos ocorreu a 1:19 da manhã, e dois minutos depois, seu transponder parou de funcionar. É ele que permite que a aeronave seja monitorada pelo controle de tráfego aéreo. Ainda assim, ele foi encontrado por um radar militar, após virar para a direita e depois para a esquerda, em altitude errática.
Após deixar o espaço aéreo malaio, o avião respondeu automaticamente a pedidos de atualização do sistema de comunicação via satélite. Duas ligações feitas para o cockpit, as 2:39 e 7:13 da manhã, e não tiveram resposta. O último sinal aconteceu as 8:10.
Existem poucas razões que explicam por que a própria aeronave iniciou esse tipo de comunicação via satélite, como falha de energia ou de componentes críticos, perda de altitude ou exaustão de combustível (que é a causa mais provável). Após a última atualização, acredita-se que o avião se chocou contra o Oceano Índico em alta velocidade.
Fonte: Listverse