10 modificações corporais extremas praticadas no passado

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Hoje em dia, as modificações corporais mais comuns e famosas que existem são as tatuagens, piercings e cirurgias plásticas. No entanto, saiba que esse costume está longe de estar restrito aos tempos modernos. Muitos povos e civilizações antigas também gostavam de fazer algumas mudanças em seus corpos por uma série de motivos.

Confira abaixo 10 modificações corporais extremas que já foram praticadas no passado.

10) Trepanação

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Fazer um buraco no seu crânio não deve ser uma experiência nada agradável, não é mesmo? Mas saiba que no passado, existia a chamada trepanação, cirurgia que consistia justamente em perfurar um buraco no crânio até a chamada dura-máter, a camada que protege nosso cérebro.

A trepanação era muito usada para tratar epilepsia e problemas mentais da época da Renascença até o século 18. Ele ainda foi usada para tratar alguns problemas médicos no século 19. Ainda existem relatos de que a técnica é usada até hoje em algumas partes da África, América do Sul e ilhas do Oceano Pacífico.

O procedimento foi modernizado e hoje é conhecido Craniotomia.

9) Pés de Lotus

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Os Pés de Lotus são uma tradição chinesa de modificar o formato dos pés de mulheres. Ela começou no século 10 com a dançarina Yao Niang, o que agradou o imperador chinês da época, Li Yu. Logo, se tornou um costume feminino para atrair potenciais maridos, além de fazer as mulheres andarem de uma forma considerada erótica.

O costume já começava desde cedo e envolvia até mesmo a quebra de dedos do pé para que as mulheres conseguissem criar o Pé de Lotus. Um das modificações corporais mais extremas da lista só foi ser extinta da China no século passado.

8) Mãos de faca

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Um esqueleto encontrado em um cemitério no norte da Itália, que pertence a um homem que viveu entre os séculos 6 e 8, revelou que se tratava de um guerreiro que teria uma faca no lugar da mão. Seu antebraço e mão direita foram amputados, mas o motivo exato disso é desconhecido.

Uma fivela ainda foi encontrada no local da amputação junto dessa faca. Além disso, seus dentes do lado direito estavam desgastados e suas juntas do ombro direito tinham um formato estranho. Cientistas acreditam que o homem usava os dentes para apertar a prótese em que a faca estava.

7) Mumificação feita por conta própria

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Alguns monges budistas, praticantes da Escola Shingon, realizavam entre os séculos 12 e 20 uma mumificação feita por conta própria. Ela tem origens taoístas e também era praticada da China e na Índia.

Por mais que pareça algo nojento e extremo, muitos monges a praticavam como forma de alcançar outro nível espiritual e ganhar a imortalidade ao invés da morte.

Se tratava de um processo que levava 3 mil dias de preparação antes da mumificação ser feita. Era preciso fazer uma dieta rica em frutas e castanhas e livre de gorduras e tomar um chá que funcionava como fluido embalsamador. A pessoa era enterrada viva durante uma cerimônia.

Três anos depois, o caixão era aberto. Se o corpo foi mumificado com sucesso, ele era exibido e adorado pelos monges. Caso contrário, era feito um exorcismo e enterrado novamente.

6) Alongamento de pescoço

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Uma das modificações corporais mais conhecidas mundo afora é o costume de mulheres alongarem o pescoço, que é muito comum no sudeste asiático.

As mulheres adeptas da prática usam vários anéis rígidos em volta do pescoço para forçar seu crescimento. Mas na realidade, os ossos são empurrados para baixo.

Ninguém sabe precisar ao certo como que essa modificação corporal surgiu. Uns afirmam que era uma forma de deixar as mulheres menos atrativas para que não se tornassem escravas. Já outros dizem o contrário: seria uma maneira de demonstrar riqueza e beleza para os homens.

5) Modificações dentárias

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O costume de modificar os dentes é algo até comum em várias partes do mundo. No século sete antes de Cristo, mulheres etruscas usavam placas de ouro para decorar os dentes. Já no ano de 1295, o explorador Marco Polo notou que o povo de Karbandan, na China, também tinha esse mesmo costume.

Na América Central, também era comum que pessoas criassem formatos alternativos nos dentes para preenchê-los com pequenas pedras, como jade, por exemplo. Alguns grupos Vikings também criavam linhas horizontais nos dentes e as preenchiam com um corante vermelho para parecem mais assustadores.

4) Modificações no crânio

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Modificações craniais também eram muito comuns em alguns povos antigos e consistia e fazer pressão na cabeça de um bebê recém-nascido para resultar em um formato diferente.

Os crânios de formatos diferentes mais antigos da história foram encontrados na Austrália e eles têm entre 9 e 14 mil anos de idade. Eles tinham a testa achatada e a arcada supraciliar protuberante, mas o motivo por trás dessas modificações é desconhecido.

A prática também era comum em alguns lugares das Américas Central e do Sul antes da chegada dos colonizadores. Nesses casos, o costume era feito com o intuito de mostrar status social, beleza ou proteger o espírito da pessoa.

3) Piercings

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Os piercings estão entre as modificações corporais mais comuns da sociedade moderna, mas também se trata de um costume antigo. A famosa múmia de Otzi, de 5,5 mil anos, tinha alguns furos na orelha por conta de piercings.

Já na América Central, os homens do povo Olmec tinham uma espécie de plugs em suas bochechas conforme ficavam mais velhos. Já os homens astecas também usavam piercings nos lábios, orelhas e nariz. Nobres e reis tinham o direito de usar modelos feitos de ouro, enquanto que as classes mais baixas tinham de se contentar com piercings produzidos a partir de ossos.

Já os egípcios gostavam bastante de usar brincos, como é o caso do Rei Tut. Piercings de umbigos também foram encontrados por arqueólogos, mas apenas faraós podiam usá-los.

2) Escarificação

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A escarificação, igual aos piercings, também se tornou uma das modificações corporais mais populares do mundo moderno, mas ela também costumava ser praticada no passado.

O registro mais antigo é de 8 mil anos antes de Cristo, preservada em pedaços de pele encontrados na Jordânia. Uma pintura rupestre encontrada na Argélia, mil anos mais nova, mostrava uma deusa com diversas cicatrizes pelo seu corpo. Imagens semelhantes foram encontradas no oeste e no Centro da África.

Outros registros mostram que esse costume também já esteve presente na Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné e em todo o continente americano. Existem várias razões por trás da escarificação, como status social e político, ligações familiares, beleza, ritos de passagem e demonstração de força.

1) Tatuagem

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Para terminar a lista, nada melhor do que usar a modificação corporal mais famosa que existe, que são as tatuagens. Otzi, que já foi citado na lista, também tinha algumas tatuagens espalhadas pelo corpo. Elas se tratavam de vários pontos espalhados por seu corpo e especialistas acreditam se tratar de algum tipo de tratamento médico.

Tatuagens mais elaboradas já foram encontradas nos restos mortais de guerreiros Citas e em uma líder espiritual do povo Pazyryk, que vivia em um local que fica no atual território da Rússia. Os desenhos incluíam animais místicos e reais e linhas coloridas.

Já os Moche, que viviam no Peru, usavam espinhos de cactos para injetar carvão debaixo da pele para criar animais e formas geométricas. E algumas múmias egípcias também tinham tatuagens. Por exemplo, uma mulher foi encontrada com um nome e uma cruz tatuados em suas coxas.



Fonte: What Culture
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