Na história tivemos nomes algumas pessoas que ficaram famosas por algumas invenções que fizeram. A maioria, no entanto, só é lembrada pelas criações que foram bem-sucedidas. Porém, ao olharmos para a história desses inventores, notamos algumas criações um tanto curiosas e que simplesmente foram esquecidas. Por isso, nesse artigo, vamos mostrar 5 inventores famosos e suas criações esquecidas.
As máquinas de voos de Hiram Maxim
Hiram Maxim, um americano que se naturalizou como cidadão britânico, estudou uma série de desenhos na Inglaterra, eventualmente construindo um monstruoso avião (para os padrões da época). Era um biplano equipado com dois motores a vapor, cada um capaz de gerar 180 cv de força. Maxim construiu a aeronave par estudar os problemas básicos de aerodinâmica e a potência.
Ele observou que a aeronave, sem equipamentos que ajudassem a obter seu controle, seria insegura e perigosa em qualquer altitude, e ele construiu então uma pista especial, onde o avião ficava atado a trilhos, para realizar seus testes. Os primeiros testes foram realizados em busca de problemas. Em 31 de julho de 1894, Maxim começou a fazer uma série de testes para valer.
Ele alinhava sua aeronave na pista e aplicava potência aos motores, aumentando a potência aplicada em cada teste. Os dois primeiros testes mostraram resultados razoáveis. A aeronave conseguiu “pular” nos trilhos por um ou dois segundos. Mas voava. No terceiro teste, em uma tarde, a tripulação de três da aeronave aplicou potência máxima aos motores do avião, e após percorrer 183 metros a 68 km/h, a máquina produziu tanta sustentação que saiu dos trilhos, tendo decolado e alçado voo. Após percorrer 61 metros, a aeronave chocou-se com o solo. Maxim somente voltou a fazer novos testes na década de 1900, usando motores a gasolina, e aeronaves menores.
O capacete isolador de Hugo Gernsback
Hugo Gernsback além de inventor, era também editor e autor. Desde 1908 ele publicava revistas diversas até que, um ano depois do “Isolador”, lançou aquela que viria a ser a primeira revista do mundo exclusivamente dedicada à ficção científica, Amazing Stories. Foi nessa revista que se inventou o termo “cientificção” antes de chegar ao termo definitivo “ficção científica”.
Na Amazing Stories, Hugo deu a primeira oportunidade a autores como Isaac Asimov, Arthur C. Clarke e Robert A. Heinlein, entre muitos outros. Em 1925 Gernsback teve uma ideia um tanto estranha e criou o capacete isolador, para ajudar a focar a mente ao ler e escrever. O Capacete Isolador eliminava todo o ruído do lado de fora, e o campo de visão era limitado apenas a uma linha de texto através de uma linha horizontal no visor, obviamente acabando com todas as distrações a sua volta.
O capacete também possuía um espaço frontal para a entrada de um tubo de oxigênio, assim o usuário não morreria asfixiado. Gernsback mostrou pela primeira vez sua invenção na edição de 1925 da Science and Invention, uma revista focada principalmente em desenvolvimentos científicos recentes. Para a fotografia, o próprio Gernsback vestiu o capacete, para mostrá-lo em ação. Curiosamente, ele nunca foi produzido para venda.
A meias térmicas de John Logie Baird
John Logie Baird nasceu em Helenburg, na Escócia, em 1888, e estudou engenharia elétrica no Royal Technical College e na Universidade de Glasgow. Desde sempre Baird mostrou interesse pelo desenvolvimento de novas tecnologias, todavia, algumas de suas invenções não foram totalmente bem-sucedidas. Aos 20 anos ele tentou, sem resultado, criar diamantes aquecendo grafite. Não muito tempo depois, inventou uma navalha de barbear de vidro, que quebrava com facilidade.
Outra tentativa desastrada ocorreu quando Baird tentou fabricar um protótipo de sapatos pneumáticos, que continha balões semi-inflados, mas arrebentavam com frequência. Sua saúde frágil, que o impediu de servir durante a Primeira Guerra Mundial, fazia com que sofresse constantemente com pés frios, o que o motivou a inventar uma meia térmica, com uma camada extra de algodão no interior, moderadamente bem-sucedida.
Vinagre de banheiro de Eugene Rimmel
Quase 150 anos depois de sua morte, Eugene Rimmel é ainda um dos maiores nomes na linha de cosméticos. Ele foi um pioneiro da indústria que desenvolveu muitos produtos inovadores, entre eles o rímel não tóxico que ainda é conhecido simplesmente como “rimmel” na maioria dos países. Sua marca de cosméticos, fundada em 1834, continua forte e está presente em dezenas de nações em todo o mundo. Além de fazer as pessoas ficarem perfumadas, Rimmel também se esforçou para melhorar a higiene humana.
Uma das suas primeiras histórias de sucesso ficou conhecida como “vinagre de banheiro”. Era uma mistura de óleos com vinagre branco, extrato de lavanda e tintura de benjoim, infundidos por 10 dias e depois filtrados. Originalmente, era para ser usado como um hidratante ou um shampoo. No entanto, as pessoas logo perceberam que a mistura era muito eficaz na remoção de manchas difíceis do vaso sanitário. Embora Rimmel não tenha criado a mistura para esse fim, ele não viu problemas em dar esse novo uso ao produto. O vinagre de banheiro logo começou a ser vendido como um “adjuvante tônico e desinfetante para o banheiro”, ostentando propriedades desinfetantes e sanitárias.
O Cavalo de Da Vinci
Leonardo da Vinci foi uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento, se destacando como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. Em seus incontáveis estudos sobre o mundo, sempre considerou o cavalo como a máquina mais perfeita que a natureza foi capaz de gerar.
Em 1482 o Duque de Milão, Ludovico il Moro, encomendou a Leonardo da Vinci a criação da maior estátua equestre do mundo, um monumento que serviria como homenagem ao pai do duque, Francesco. Setenta toneladas de bronze foram separadas para a sua confecção. Mas antes que ele pudesse terminar seus projetos a guerra estourou, em 1494. Para defender a cidade, Ludovico usou o bronze da obra para fabricar canhões. Os moldes de argila foram usados como alvo para praticar tiro. Leonardo teve que fugir da cidade. Para a humanidade, ficaram os esboços que até hoje são referenciados por sua precisão e simetria.
A estátua de bronze foi replicada no final do século 20, inspirada nos desenhos de Da Vinci. Ela está localizada em frente ao Parque Hipódromo em Milão.