A vida cotidiana e os ensinamentos dos mais velhos sempre nos disseram para não fazer isso ou aquilo, senão ficaríamos doentes, por exemplo. Mas saiba que alguns desses mitos sobre nosso corpo, segundo a medicina, não passam de meros boatos e histórias, pois não há qualquer tipo de comprovação científica.
Confira abaixo cinco fatos falsos sobre seu corpo que você sempre acreditou ser verdade.
1) Sair sem uma blusa de frio te deixará doente
Que atire a primeira pedra quem nunca ouviu da própria mãe a história de você ficaria doente se não saísse sem uma blusa de frio. Acontece que, cientificamente, tal ideia não possui sustento nenhum.
Por exemplo, a gripe comum é transmitida por vírus, que só é repassada para a pessoa caso ela entre em contato com o agente infeccioso. Diversos estudos afirmam que temperaturas baixas não te deixam doente. Blusas e roupas de frio te protegem apenas das baixas temperaturas, e não dos vírus.
A única maneira de você se proteger de pegar qualquer vírus é lavando suas mãos. Portanto, sempre as deixe limpas e estimule crianças a fazer o mesmo.
2) Não tem problema comer algo que caiu no chão se pegá-lo em 5 segundos
Toda pessoa já sofreu ao ver uma comida deliciosa caindo no chão. E vida inteira, escutamos a história de que se a pegássemos em até cinco segundos (ou 10, dependendo do que você já escutou), não tinha problema algum em pegá-la e comê-la.
Mas essa história é pura conversa. De acordo com um estudo da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, o tempo não está a favor quando você pega comida que caiu no chão. Os pesquisadores concluíram que não importa quanto tempo o alimento ficou no chão, ele irá sempre pegar a mesma quantidade de bactérias, independente se ficou por lá um segundo ou uma hora. É melhor comprar outro.
3) Comer gordura é prejudicial à saúde
Atualmente, existe uma infinidade de dietas disponíveis para emagrecer. Mas independente de qual você escolha, todas irão te dizer para fugir das gorduras, já que ela é prejudicial à saúde.
Muitos de nós acreditamos, equivocadamente, que pessoas acima do peso e que sofrem com problemas cardíacos sempre consumiram muitas gorduras em suas dietas. Na realidade, nosso corpo precisa de gorduras, e isso não significa que ficaremos gordinhos, necessariamente.
Estudos já comprovaram que não existe conexão entre comer gordura saturada e desenvolver doenças cardíacas. Além disso, existem as chamadas gorduras boas, que além de serem saudáveis para o nosso organismo, também são deliciosas. Gosta de guacamole? Então aproveite, pois abacate e azeite de oliva são ótimas fontes de gorduras boas.
4) Pessoas usam apenas um dos lados do cérebro
Um mito pseudo-neurológico diz que pessoas são dividas em dois tipos: as que usam o lado direito ou o esquerdo do cérebro. Aquelas que usam o direito são mais artísticas, falantes e excêntricas; enquanto que aqueles que usam o lado esquerdo são mais lógicos e pragmáticos (e, provavelmente, ganham mais dinheiro que os “destros”).
Claro que nem é preciso dizer que essa conversa não possui nenhuma base científica. Os dois lados do cérebro são responsáveis pela linguagem, e trabalham em conjunto para coordenar a maior parte de nossas funções físicas. Se você utilizasse apenas um hemisfério do seu cérebro, você provavelmente estaria morto ou em estado vegetativo.
5) O odor do corpo é consequência de má higiene
Vamos ser sinceros: sempre encontramos algumas pessoas por aí que possuem um odor nada agradável. E isso nos faz acreditar que elas tem o costume de não tomar banho sempre ou que não usam desodorante.
Sim, a falta de banho pode agravar o problema, mas existem vários outros fatores que também pioram o odor do corpo. Está estressado? Você cheira pior quando está assim. E talvez você esteja comendo os alimentos errados, como cebola, alho, brócolis e álcool, que contribuem para piorar o “cecê”.
E existe mais um fator, que neste caso, a pessoa não tem controle algum: desordem genética. Que em alguns casos, fazem a pessoa cheirar peixe podre.
Portanto, tente ser legal com quem tem um odor desagradável. Provavelmente, nem é culpa dela.
