5 fatos sobre a censura

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A censura sempre esteve presente na sociedade, desde séculos atrás até os dias de hoje, principalmente em países de regime militar, onde o governo dita o que se deve ou não fazer.

Mas com o advento da internet, nunca se discutiu tanto sobre censura – seja ela no entretenimento, no jornalismo ou até mesmo nas redes sociais.

Confira os cinco fatos sobre a censura:

5. A Igreja Católica proibiu por 400 anos que livros fossem publicados

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O “Index Librorum Prohibitorum” ou “Índice dos Livros Proibidos”, em português, foi uma publicação da Igreja Católica feita no ano de 1559, pelo Papa Paulo IV. Por centenas de anos, a igreja teve conflitos sobre o que devia ou não ser publicado, como parte de sua doutrina. Foi a partir desse índice que a instituição começou a censurar obras públicas.

Assim que as obras entravam para a lista de livros proibidos, os autores poderiam tentar uma defesa. Mas em última instância, se quisessem mesmo que seus trabalhos fossem publicados, eles eram forçados a revisar sua obra com a aprovação da Igreja.

A lista era composta com obras dos mais diversos temas, como astronomia, filosofia e literatura, inclusive obras de algumas das maiores mentes de todos os tempos, como Johannes Kepler, John Locke e François Voltaire foram censuradas. A última edição foi publicada em 1948 e o Index só foi abolido pela Igreja Católica em 1966 pelo Papa Paulo VI.

4. Os nazistas podiam censurar filmes em Hollywood

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Em seu livro “A Colaboração: Pacto de Hollywood com Hitler”, o autor Ben Urwand, que teve sua obra publicada pela Universidade de Harvard em 2013, desenterra o que ele afirma ser uma colaboração desagradável entre grandes estúdios de cinema americano e o partido nazista, entre as décadas de 1930 e 1940, apesar de alguns críticos contestarem duramente suas afirmações.

Em 1933, o governo de Hitler nomeou Georg Gyssling como diplomata e o enviou para Los Angeles, para que ele pudesse intervir fervorosamente em qualquer filme que criticasse o partido nazista. Embora parecesse que Gyssling não tivesse nenhuma autoridade oficial, muitos estúdios de cinema eram conhecidos por fazerem sua vontade.

Filmes que aparentassem simpatia com o povo judeu eram revisados em pelo menos uma instância. Até mesmo a palavra “judeu” era completamente removida do diálogo. O filme “Lancer Spy”, de 1937, foi completamente descartado após Georg Gyssling atestar que havia cenas que ofendiam oficiais alemães.

3. Os romanos inventaram o censo

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Os romanos nos deram o “census” (lista de cidadãos e de seus bens, que era elaborada pelos censores). Mas estes “censores”, como eram chamados estes reguladores, também tinham outra tarefa sinistra: o regime “morum”, que tinha o propósito de “manter a moral pública”.

Os censores romanos não eram apenas encarregados de registrar os status da população de uma nação – eles também eram responsáveis por decidir se cidadãos mereciam ou não todos os direitos que lhes eram dados. Sua responsabilidade era impor o caráter e a ética romana, como bem entendessem, independentemente se uma lei estivesse sendo quebrada ou não. Parte do seu trabalho era o de colocar marcas físicas no corpo de quem estivesse quebrando a “moral pública”.

2. A censura nas redes sociais pode ameaçar a liberdade de expressão

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De acordo com a organização Pew Research Center, mais de 60% dos americanos usam redes sociais como sua principal fonte de notícias. Por um lado, isso é ótimo, porque muitos portais de notícias podem usar o Facebook como uma plataforma para atingir um maior público. Mas a desvantagem, é que eles tem que jogar conforme as regras de censura impostas pelo Facebook, que simplesmente ferem muitas leis em diversos países.

Cineastas, cartunistas políticos e jornalistas têm relatado casos onde seus posts controversos foram removidos pela rede social, sem nenhuma explicação descente. E não é somente em outros países onde essa censura acontece, recentemente, no Brasil, o Facebook bloqueou dezenas de páginas e conteúdos que faziam criticas ao atual governo.

O YouTube também tem se juntado a governos para censurar conteúdos em sua plataforma, assim como fizeram no Paquistão. O potencial problema nisso tudo é que tomar esse tipo de medida pode prejudicar a eficácia das informações de uma mídia livre e independente, o que é essencial para uma sociedade democrática.

1. O governo chinês é o mestre da censura na internet

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O Irã pode ter sido recentemente nomeado o número 1 em censura na internet, mas há algo que coloca a China no 1° lugar dessa lista. Com mais de 700 milhões de internautas no país, censurá-los não é uma tarefa fácil, então eles desenvolveram algumas ferramentas engenhosas para fazer o trabalho.

O “Incrível Firewall Chinês” é mantido por 30 mil funcionários do governo, que monitoram toda a atividade online utilizando programas específicos que registram todas as teclas pressionadas pelos chineses enquanto na internet, até mesmo conversas privadas e chats de jogos online são analisados pelo “Firewall”. Não somente sites de mídia social e blogs são bloqueados, mas os buscadores também são filtrados e não oferecem resultados de palavras-chave proibidas pelo governo.

Existam maneiras de contornar esses obstáculos, mas tal atitude quebraria as leis de censura do país, e caso a pessoa seja pega, ela pode ter que pagar multas de quase US$2.000 dólares ou até mesmo ser presa por crimes graves.



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