Anéis de Saturno: o que são e quais as suas características

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Os anéis de Saturno são uma das características mais intrigantes, marcantes e fascinantes do nosso sistema solar. Eles estão no entorno do gigante gasoso em diversas e bizarras configurações, sendo que alguns são bem finos, enquanto que outros são mais grossos.

Então, o que eles são exatamente?

Os anéis de Saturno são compostos por gelo, misturado com algumas rochas. Cientistas e astrônomos puderam ter uma melhor ideia de sua dinâmica com a ajuda da sonda Cassini, que encerrou sua missão nesta sexta-feira (15), após entrar na atmosfera do planeta, encerrando seu ciclo, que já durava 13 anos.

Com o passar do tempo, a Cassini enviou diversas fotografias dos anéis de Saturno, o que deu aos pesquisadores uma melhor oportunidade de observar suas estruturas.

Os anéis de Saturno foram descobertos em 1610, por Galileu Galilei, após observá-los por telescópio. Hoje, os cientistas já identificaram sete anéis distintos, e cada um possui uma letra como nome. Eles estão ordenados de forma confusa porque foram denominados a partir da ordem em que foram descobertos, ao invés de seu posicionamento em relação ao planeta.

Por exemplo, o anel mais próximo de Saturno é o anel D, seguido pelos três maiores e mais brilhantes anéis: C, B e A, respectivamente. O anel F vem logo depois do A, seguido pelo G e, finalmente, o anel E.

Juntos, os anéis de Saturno atingem uma distância total de 282 mil quilômetros, segundo a NASA. Eles costumam ficar bem próximos uns dos outros, com a exceção da Divisão Cassini, região de 4,7 mil km que divide os anéis A e B, e foi nomeado em homenagem ao astrônomo italiano Giovanni Domenico Cassini.

Apesar de sua imensa largura, os anéis são finos iguais a uma panqueca. Alguns possuem uma altura de apenas 10m, enquanto que outros chegam a, no máximo, 1 km.

Com a ajuda do zoom, foi possível ver que os anéis de Saturno são compostos por partículas muito finas, que podem ser menores que um grão de areia, intercaladas com imensos pedaços de gelo que podem ter o tamanho de uma montanha. Cientistas suspeitam que muitas dessas partículas podem pertencer a cometas destruídos ou luas mortas, apesar de sua origem exata ainda ser um mistério.

anéis saturno 01

A sonda Cassini foi capaz de ligar as origens dessas partículas com Encélado, uma de suas luas, que costuma expelir jatos de água, a partir de seu polo sul. Outras porções dos anéis podem ter se originado a partir de dejetos das luas internas de Saturno, que também possuem um papel importante em, gravitacionalmente, criar o formato dos anéis.

Os anéis de Saturno são congelantes. Em 2004, a Cassini mediu as suas temperaturas, que variam entre menos 163 e menos 203 graus Celsius. E eles não são tão coloridos quanto imaginamos. Naturalmente, eles costumam variar entre branco, amarelo claro e uma tonalidade de rosa marrom.

Cada anel possui uma densidade diferente, sendo que o B é o mais denso e o G é o mais fraco nesse quesito. Isso sem falar de suas interações com as luas interiores de Saturno. Pan, por exemplo, está localizada dentro dos 325 km da divisão Encke, que separa o anel A do F.

Por fim, eles também possuem algumas conglomerações de partículas de gelo, que conseguem levitar acima da superfície do anel, por meio de uma carga eletroestática. Elas são temporárias e foram descobertas pela sonda Cassini, em 2005.

Fonte: LiveScience
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