Um recente levantamento de saúde feito do Reino Unido levantou um dado alarmante: o número de pessoas com doenças mentais está crescendo, e que as principais afetadas são as mulheres. E que elas só conseguem se sentir mais felizes a partir do momento em que se tornam viúvas.
Primeiramente, o levantamento, realizado pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês) apontou que 21% das mulheres, independente da faixa etária, possuíam algum tipo de doença mental. Já entre os homens, esse percentual fica na casa de 16%.
E quanto menor a idade, maior é a diferença entre os dois sexos: entre os 16 e 24 anos, 28% das mulheres te alguma desordem mental, enquanto que esse número fica na casa de 16% em homens.
O curioso é que esse cenário é diferente apenas após os 85 anos: 14% das mulheres tinham algum problema mental, contra 19% dos homens. Psiquiatras acreditam que isso se deve ao fato de que muitas mulheres, nessa faixa etária, já estão viúvas. Dessa forma, estão aproveitando sua aposentadoria e já não possuem as pressões habituais de um casamento, como responsabilidades domésticas ou ter de criar os filhos, por exemplo.
A pesquisa foi conduzida com cerca de oito mil adultos, que precisaram responder 12 tópicos para medir níveis de felicidade, depressão, sono e ansiedade, por exemplo. Os resultados finais eram ranqueados em uma escala de zero a 12. Quem teve mais de quatro pontos já foi classificado como “provável distúrbio psicológico ou doença mental.”
A revelação dos dados desse levantamento da NHS só mostram uma preocupação alarmante: as mulheres estão muito mais propensas a desenvolverem doenças mentais justamente por conta de desigualdades de gênero, como salários menos e violência conjugal.
Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, elas são as responsáveis pela maior parte dos divórcios no país. E a Organização Mundial da Saúde já revelou um documento que reforça essas diferenças nos problemas mentais de muitas mulheres.
Atualmente, apenas as mulheres japonesas que possuem expectativas de viver além dos 85 anos, o que revela outro lado negativo desse levantamento.