Uma empresa americana está oferecendo uma oportunidade tentadora para quem deseja viver por tempo indeterminado. É possível congelar corpos para que sejam ressuscitados no futuro, tudo por uma quantia bastante salgada.
É o que promete a Alcor, empresa localizada no estado americano do Arizona, que trabalha com soluções em criogenia, área que trata dos efeitos causados por congelamentos a temperaturas extremamente baixas.
Os corpos são armazenados em nitrogênio líquido, em uma temperatura de até 200 graus negativos. O objetivo é que sejam preservados para poderem ser revividos no futuro, mas não existe garantia, já que não existe ainda uma tecnologia capaz de ressuscitar os corpos congelados. E talvez nunca exista.
O neurocientista Clive Coen não acredita que isso possa ser feito e explica os motivos. “Não há evidência de que a substância anticongelante penetre em todos os pequenos poros e filamentos do cérebro e proteja o órgão dos efeitos nocivos do congelamento por causa da temperatura de -196°C”, disse.
Já a Alcor, não só acredita no funcionamento da técnica de congelamento, como oferece opções. O congelamento de um corpo inteiro tem um custo alto, 200 mil dólares, o equivalente a 660 mil reais. Se o cliente não dispõe da quantia, é possível ainda congelar apenas a cabeça ou até seu animal de estimação por preços mais em conta.
Ficção científica?
Reviver corpos congelados há muito tempo parece algo tão surreal e distante da realidade que já ocorreu algumas vezes em histórias de ficção científica. O filme Demolition Man (O Demolidor, no Brasil) de 1993, estrelado por Sylvester Stallone e Wesley Snipes é um exemplo icônico, onde os dois homens são congelados na década de 90 e revividos no ano de 2032.
Atualmente, a técnica de preservação de material orgânico sob temperaturas extremamente baixas existe, mas é usada apenas em alguns tipos de tecidos como sêmen, sangue, embriões e sementes de algumas plantas.