O que fazer no caso de uma bomba nuclear explodir perto de você? A possibilidade é maior do que imaginamos e a ciência explica o que fazer em uma situação dessas. O mais importante: não entre em nenhum carro.
Existem atualmente cerca de 15 mil armas atômicas no mundo. Conflitos e tensões crescentes entre países fazem com que os tempos atuais sejam considerados preocupantes em relação a uma guerra nuclear. O relógio que mede o risco de um conflito desses voltou a marcar “dois minutos para a meia-noite”, o mais próximo que já estivemos de uma detonação.
Algo que parece óbvio numa situação de explosão de bomba nucelar seria pegar um carro e dirigir para o mais longe possível do impacto da arma. Acontece que essa é uma péssima ideia, de acordo com o especialista em radiação Brook Buddemeier, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, nos Estados Unidos.
O principal motivo disso é algo chamado cinza nuclear (Fallout, em inglês). Quando uma bomba nuclear explode, milhões de partículas são liberadas na atmosfera. Essas partículas emitem raios gama, que certamente irão contaminar a quem estiver exposto a eles.
Essa cinza nuclear pode ser carregada pelo vento e seus efeitos podem atravessar a maioria dos materiais sólidos, logo, entrar em um carro e dirigir não salvaria ninguém, já que o fallout conseguiria penetrar rapidamente pelos vidros e metais da lataria.
O que fazer então?
Para se livrar das cinzas nucleares, é preciso se abrigar em locais resistentes, com muitas camadas de materiais densos e se possível, abaixo do nível da terra. Dessa forma, é possível que dentro de 12 a 24 horas as partículas do fallout se normalizem e parem de emitir radiação.
Buddemeier explica que a única exceção quanto ao carro é se ele estiver em uma garagem no subsolo. Assim o carro estaria protegido e dentro dele você poderia tentar ouvir rádio.
Segundo o cientista, a principal coisa a se fazer depois de se abrigar é tentar comunicação e o rádio pode ser o meio mais eficiente em emergências do tipo.