Baratas podem mesmo sobreviver a qualquer coisa? Entenda

0

Para o terror de muitas pessoas, a barata é um bichinho não só asqueroso, mas também difícil de matar. E os motivos disso estão na genética de um dos animais mais odiados em todo o mundo por pessoas de todos os tipos, embora muitos não admitam.

Cientistas mapearam todo o genoma de duas espécies de baratas: a americana (Periplaneta americana) e a alemã (Blattella germanica). Foi revelado que as baratas possuem o segundo genoma mais complexo já mapeado de um inseto e essa é a chave para entender por que elas podem sobreviver a quase tudo.

As baratas americanas e alemãs são duas espécies bastante parecidas, a não ser pelo fato de que a americana costuma viver em ambientes mais baixos, ou até mesmo subterrâneos, como esgotos, enquanto a alemã infesta locais onde humanos vivem, em geral, atrás de restos de comida.

As duas espécies possuem uma quantidade muito grande de genes relacionados ao paladar e olfato em relação a outros genes. Isso acontece porque esses animais precisam ter uma noção muito boa do que comem, já que costumam viver em locais bastante tóxicos e sujos, inclusive para elas próprias.

Outro gene que as baratas possuem em quantidade muito grande é o grupo de genes relacionado à imunidade a várias substâncias. Baratas são imunes a elementos que existem até mesmo em inseticidas que são usados para combatê-las. Aparentemente, elas pensaram em tudo.

Estudando o inimigo

Os pesquisadores responsáveis pelo sequenciamento do genoma das baratas afirma que existem cerca de 5 mil espécies catalogadas, das quais apenas duas tiveram seu genoma completamente mapeado.

Estudar as baratas e entender o que as torna tão resistentes pode melhorar o combate a elas, auxiliando no desenvolvimento de novos inseticidas e pesticidas mais eficientes. É necessário estudar o inimigo, já que bombas atômicas não devem funcionar mais do que a clássica “chinelada” nessa guerra.



DEIXE UM COMENTÁRIO
WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com