Muitas criaturas estranhas que já ouvimos falar a respeito não surgiram apenas em contos de fada. Algumas delas são fruto da alegação de muito exploradores antigos, que alegavam a existências de tribos desses seres estranhos em locais remotos do planeta, como ilhas e montanhas.
Quer alguns exemplos? Muito alegaram a existência de tribos que tinham cabeças de cachorro, mulheres bonitas, mas peludas e seres hermafroditas. Confira algumas dessas tribos abaixo.
10) Os homens sem cabeça da África
Na parte leste da Líbia, no século V, existia uma tribo de homens que não tinha cabeça. Ao invés disso, suas faces ficavam localizadas em seus peitos. É o que o escritor grego Heródoto afirmava.
O próprio admitiu que não teve a melhor das fontes para fazer a afirmação, apenas dizendo que era o que “os líbios afirmavam”, só que ele não foi o único a comentar sobre essa misteriosa tribo. Por 2 mil anos, outras pessoas também fizeram relatos semelhantes.
400 anos depois, por exemplo, o escritor romano Plínio, o Velho também fez a mesma afirmação, dando o nome de Belmmyae para essa tribo e que teriam se mudado para a região da atual Etiópia. E a alegação ainda continuou por muito tempo. O explorador britânico Walter Raleigh continuava a insistir que eles existiam no século XVII.
9) Os homens com cabeça de cachorro da Índia
Um médico grego chamado Ctesias viajou para a Índia 500 anos antes do nascimento de Cristo e retornou com algumas histórias loucas. Em uma delas, afirmou a existência de uma das tribos mais loucas dessa lista: os Calystrii, que tinham cabeças de cachorro e viviam em uma região montanhosa.
“Eles não falavam nenhuma língua e latiam igual cachorros”, disse Ctesias. Eles até conseguiam entender os indianos, mas só respondiam latindo ou usando linguagem de sinais. E eles não eram poucos: sua população era estimada em 120 mil, de acordo com o médico.
E o estranho nessa história é que existe sustentação para as afirmações de Ctesias. 200 anos depois, um homem chamado Megástenes fez a mesma viagem do médico e também alegou a existência da tribo Calystrii.
Até o famoso explorador italiano Marco Polo afirmou ter encontrado uma tribo semelhante, mas em uma ilha chamada Angamanain. “Eu garanto a vocês, todos os homens dessa Ilha de Angamanain possuem cabeças iguais as de cachorros”, disse.
8) Os homens que tinham pés iguais a guarda-chuvas
Ctesias viu outras tribos estranha em sua vida. Ele também alegou ter descoberto outra chamada de Sciopodes. Nesse caso, o médico explicou que esses homens tinham apenas uma perna com um pé gigante. Tão grandes que eram capazes de utilizá-los como guarda chuvas.
Ainda de acordo com Ctesias, esses homens conseguiam se movimentar pulando e eram tão bons nisso que conseguiam pular por cime de uma pessoa sem problema algum.
Também soa algo absurdo, mas muitas pessoas acreditaram que os Sciopodes existiam por mais 2 mil anos, como por exemplo, Isidoro de Sevilha, que chegou a desenhar mapas apontando onde essa tribo vivia.
7) Os homens de orelhas enormes
Na ilha de Scythia, de acordo com escritor romano Plínio, o Velho, vivia um grupo de pessoas conhecidas como Panotti, que tinham orelhas enormes que chegavam até suas pernas. Elas eram tão grandes que eles optavam por utilizá-las como roupas e até mesmo como cobertores durante a noite.
Outro romano, conhecido como Pompônio Mela, insistiu que Plínio estava dizendo a verdade e que ele apenas errou a localização. Segundo Pompônio, os Panotti habitavam uma ilha que fica onde hoje é a Escócia. E em dias ensolarados, também usavam as orelhas como sombrinhas.
E Pompônio ainda alegou que tribos dividiam a ilha: além dos Panotti, também vivam os Hippopodes, pessoas que tinham cascos de cavalo no lugar dos pés.
6) O reino de Mulheres
Os europeus não foram as únicas pessoas que estavam convencidos da existência de tribos estranhas. Um homem chinês, chamado Hui-Shen, viajou para além dos mares da China e voltou com algumas histórias loucas.
O homem afirmou que chegou a um local chamado Fusang, que de acordo com suas direções, seria a atual cidade de São Francisco, nos EUA. E lá, disse que existia um reino de mulheres que se reproduziam assexuadamente.
Ele disse que as mulheres eram bonitas, apesar de seus corpos serem cobertos por pêlos, e não havia nenhum homem no local. E Hui-Shen disse que elas se reproduziam após andar na água e esperar a formação de uma criança em seus úteros, que nasciam em poucos meses.
Um astrônomo indiano, chamado Varahamihira, também alegou ter conhecido essa tribo de mulheres. Mas diferente de Hui-Shen, disse que elas moravam no Tibet e estavam bem próximas dos Calystrii.
5) Os homens que tinham apenas um olho
Na região norte da Cítia, onde hoje se encontra a Rússia e o Cazaquistão, vivia, em um local montanhoso, uma tribo conhecida como Arimaspoi. De acordo com os gregos, eles tinham apenas um olho e eram muito ricos.
Heródoto afirmava que eles tinham tamanha fortuna por roubarem o ouro de grifos, animais com cabeça de águia e corpo de leão. Mas essa é outra história que não tem grande sustentação, pois Heródoto apenas replicou o que um morador da Cítia apenas lhe disse.
E existe a suspeita de que Heródoto pode ter confundido as coisas. Tudo porque um grupo seguidor do Zoroastrismo tinha o nome de Arimaspoi, que realmente significa “um olho” na linguagem falada na Cítia. Assim, o filósofo grego pode ter misturado as coisas e acreditar que se tratava de um povo que vivia no local.
4) A tribo de curupiras
Essa é uma história contada pelo famoso conquistador Alexandre, o Grande. Ele enviou um homem chamado Baiton para explorar a Índia e que teria chegado até a região dos Himalaias, onde disse ter conhecido os Abarimon.
Ele alegou que eles tinham os pés virados para o lado contrário, da mesma forma que o Curupira do nosso folclore. E isso não os atrapalhava em nada: Baiton alegou que eles conseguiam correr na mesma velocidade dos animais mais rápidos.
O homem até alegou que tentou levar um membro da tribo de volta para a Grécia, mas que ele morreu no caminho por que, segundo ele, seus pulmões não estavam adaptados para viver fora da região dos Himalaias.
Pode parecer uma farsa, mas outras pessoas alegam ter visto essa mesma tribo após viagem para a Índia.
3) A tribo de hermafroditas
A Etiópia parecia ser lar de tribos estranhas. De acordo com os gregos e romanos, exisitia no local um povo chamado de Makylhes e todos os seus membros eram hermafroditas.
Na realidade, essa é uma afirmação feita principalmente pelos romanos, pois os gregos nunca chamaram seus membros, exatamente, de hermafroditas. No entanto, o famoso filósofo Aristóteles teria dito que todas as pessoas tinham um seio no lado direito de seus corpos.
Foi um escritor romano que afirmou que os Makylhes eram hermafroditas. E ainda alegou que seus dois órgãos genitais funcionavam perfeitamente.
2) A tribo indiana que se alimentava por meio do odor
Megástenes também conheceu outro povo estranho em sua jornada na Índia. Ele também alegoui ter conhecido a tribo Astomoi, que seriam homens cabeludos, que vestiam roupas de algodão e não tinham bocas.
Por conta disso, Megástenes disse que eles se alimentavam pelo cheiro. Mas sempre precisavam “comer” com cautela, pois eram alérgicos a cheiros mais fortes. Um odor mais acentuado poderia matar qualquer pessoa desse povo.
Exploradores medievais também alegaram ter encontrado os Astomoi e disseram que viviam ao norte do rio Ganges. Mas diferente de Megástenes, afirmaram que ele tinham um pequeno buraco no rosto que lhes permitia beber por meio de um canudo. E falavam por meio de assobios.
1) Os homens cabra da África
Os sátiros eram criaturas de mitologia grega, que tinham um corpo metade humano e metade cabra. Só que muitas pessoas alegaram que eles realmente existiram na vida real.
Heródoto e Xenofonte alegaram ter visto em sátiro se esconder. Já Plínio, o Velho, escreveu em uma de suas obras que eles viviam no oeste da Etiópia. E diversos soldados romanos também disseram ter visto vários deles na África e que chegaram a capturar um deles.
Muitos acreditam que os sátiros morreram por volta do século IV, mas que alguns corpos desses seres foram preservados e ainda podiam ser observados por um tempo.