As descobertas de fósseis pré-históricos e as pesquisas sobre clonagem continuam avançando e alguns cientistas acreditam que um zoológico de animais extintos pode existir em um futuro não muito distante. Mas como isso poderia ser possível?
O processo de clonagem evoluiu muito desde a ovelha Dolly, primeiro animal clonado em 1996. O mapeamento do genoma de diversas espécies, incluindo extintas, é hoje uma realidade e, portanto não é difícil imaginar que é possível trazer espécies extintas de volta a vida.
Quem tem medo de um Jurassic Park como o dos filmes pode ficar tranquilo. Com a tecnologia atual, apenas DNA mais novo do que 1 milhão de anos poderia, em teoria, ser usado para clonagem. Os dinossauros mais jovens possuem pelo menos 65 milhões de anos, o que torna o processo impossível.
No entanto, não é loucura pensar em um mamute existindo nos dias atuais. Em processos que envolveriam alterações genéticas em elefantes, que são biologicamente muito similares aos antigos mamutes, seria possível produzir um clone. Mas existe uma série de questões envolvidas que dificultariam essa criação.
Animais clonados, de um modo geral, sofrem com uma taxa de mortalidade muito alta e os motivos disso ainda não são completamente conhecidos pela ciência. Além disso, o custo de se clonar espécies extintas e mantê-las em um zoológico seria bastante alto, o que nos leva a repensar todo o modelo de negócio.
Ainda nesse século
A professora de biotecnologia Cindy Tian, da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, afirma que se houvesse interesse e investimento nas pesquisas, em cerca de dez anos seria possível criar uma espécie de parque ou viveiro para animais extintos clonados e principalmente para espécies em risco de extinção. Com o andamento atual das pesquisas, os cientistas acreditam que isso seja viável em meados de 2070.
Esses zoológicos seriam provavelmente pensados para atender ao turismo mais elitizado, com milionários pagando alto para poder ver espécies que até então só existiam em ilustrações. A exploração desses animais que estariam completamente deslocados no tempo e até mesmo no espaço também levanta uma série de questões éticas que devem ser debatidas antes que qualquer ideia desse tipo saia do papel.