Já até estamos um pouco cansados de saber os possíveis efeitos das mudanças climáticas que estão ocorrendo no planeta: aumento do nível do mar, tempestades mortais, o desparecimento de cidades costeiras, entre outras coisas. No entanto, elas também estão proporcionando algumas coisas bizarras por aí.
Já imaginou ficar sem comer chocolate ou um churrasco? Que novas espécies de animais surgirão por aí? E que o asfalto irá literalmente derreter?
Confira abaixo 10 efeitos e consequências bizarras das mudanças climáticas.
O Papai Noel terá de se mudar
Até mesmo crianças de 3 anos de idade sabem onde fica o Pólo Norte, muito por conta do Papai Noel. Mas segundo a National Geographic, o derretimento de geleiras, além de aumentar o nível dos mares, ainda causará uma redistribuição de peso no planeta, que deve jogar seu eixo para os locais em que essas geleiras se encontravam.
Se nada for feito, existe uma grande chance do Reino Unido se tornar o Pólo Norte do futuro, já que as Ilhas Britânicas se movem para o local 10 cm por ano. Sim, é algo que levará milhares de anos para se concretizar, mas já fica o alerta, especialmente para nosso amigo Papai Noel.
Espécies animais híbridas
Além de causar essa mudança no eixo da Terra, as mudanças climáticas também devem criar novas espécies de animais, já que seus ascendentes devem acabar se encontrando por conta disso.
E isso é algo que já está acontecendo. Na região da Nova Inglaterra, no nordeste dos EUA, já surgiu o chamado Coiote do Leste. De acordo com o jornal The New York Times, ele seria uma mistura de coiote, lobo e cachorro.
Também já foram registradas o surgimento de outras espécies híbridas, como uma mistura do urso comum com o polar, gato selvagem com lince e até mesmo da imensa baleia azul com a baleia-franca pigmeia, que é muito menor.
Diminuição da produção de vinho
Segundo o Wall Street Journal, a produção global de vinho em 2017 chegou ao seu ponto mínimo em 50 anos. E a culpa disso não é dos adoradores da bebida, mas sim das mudanças climáticas.
Geadas na primavera e verões mais quentes que o normal foram os responsáveis pela queda na produção de vinhos na Europa. A Itália produziu quase 25% a menos de vinho que o normal, por exemplo.
Por conta das mudanças climáticas, muitos cientistas acreditam que até 2050, a produção de vinho mundial deve cair em até 2/3 da atual. Isso significa que a bebida deve se tornar ainda mais cara e certas variedades devem ser extintas.
Morcegos frugívoros caindo de árvores
Por mais que transmitam a raiva, os morcegos são uma parte importante do nosso ecossistema, já que eles, por exemplo, ajudam a realizar a polinização de flores. Só que as mudanças climáticas podem colocar a espécie em extinção.
A National Geographic afirmou que no verão do hemisfério norte em 2014, aproximadamente 45 mil morcegos frugívoros morreram por conta das altas temperaturas. Um ambientalista disse que os animais partiram dessa para melhor como se tivessem sido colocados em água fervente.
Iguanas que também caem das árvores
Recentemente, os moradores do estado da Flórida, nos EUA, notaram que muitas iguanas começaram a cair de árvores na época do inverno. Essa é outra bizarrice causada pelas mudanças climáticas. Mas esse foi um caso inverso ao dos morcegos, já que os répteis sofreram por conta do frio acima do normal no local.
Como as iguanas possuem o chamado sangue frio, elas mal conseguem se mover sem a presença do calor. E a uma temperatura perto de zero grau, elas simplesmente não conseguem permanecer nas ávores e caem.
Diferente dos morcegos, até que elas conseguem sobreviver a uma queda. Muitas pessoas ficaram com dó delas e as colocaram no sol, mas isso resultou em alguns ataques por parte das iguanas. Por conta disso, as autoridades pediram à população que as deixassem em paz.
O Coelho da Páscoa terá de deixar a Ilha de Páscoa
Um canal de TV canadense divulgou recentemente que a Ilha de Páscoa, famosa por seus moais gigantes, pode desaparecer por conta da elevação do mar, outro efeitos das mudanças climáticas do planeta.
Como algumas das estátuas estão localizadas em áreas próximas do litoral da ilha, elas correm sério risco de desaparecerem. “Dependendo do aumento no nível do mar, as estátuas podem desaparecer em um evento catastrófico”, disse a arqueóloga Jane Downes.
Suas chances de ser devorado por um tubarão vão aumentar
A chance de você ser atacado por um tubarão é de uma em 3,7 milhões, mas elas aumentam consideravelmente se você estiver na praia. E elas podem ficar ainda piores com as mudança climáticas.
O Museu de História Natural da Flórida costuma registrar os dados de ataques de tubarão no mundo todo. Em 2010, foram 79 ocorrências, o maior número desde 2000. E no ano passado, os números aumentaram: 88 ataques.
Segundo a revista Time, esses números estão aumentando por conta do clima mais ameno. Como os oceanos estão mais quentes, os tubarões se aventuram em águas mais ao norte do planeta. E como o calor está maior, mais pessoas decidem se refrescar na praia.
Os churrascos do final de semana podem sumir
Quem aí não gosta de fazer um churrasco no final de semana, não é mesmo? Só que as mudanças climáticas podem atrapalhar seus planos de reunir a família e os amigos no futuro.
Nos Estados Unidos, está ocorrendo algo curioso por conta das mudanças. Carrapatos podem transmitir a chamada Doença de Lyme, que pode se tornar crônica. E um dos possíveis contratempos da mordida da espécie do aracnídeo é que você pode desenvolver alergia a carne bovina e suína, de acordo com o jornal Chicago Tribune.
Assim, se você desenvolvê-la por conta da mordida o carrapato, terá de se contentar em comer frango ou peixe em seu churrasco, se isso não foi um problema pra você.
Alimentos que podem te matar
Quem gosta de prever um apocalipse afirma que as mudanças climáticas podem causar uma grande fome no planeta. No entanto, existe o lado oposto dessa história: alimentos que podem te matar.
De acordo com um relatório feito pela ONU, grãos muito comuns na nossa alimentação, como trigo e milho, estão desenvolvendo toxinas para contra-atacar o calor. Elas podem causar alguns problemas neurológicos e o consumo a longo prazo pode causar câncer.
O asfalto não irá fritar mais ovos por que ele irá derreter
Você já ouviu, diversas vezes por aí, que está tão quente que “dá pra fritar um ovo no asfalto”, não é mesmo? Mas se as mudanças climáticas continuarem a todo o vapor, pode chegar o dia em que o asfalto irá, literalmente, derreter.
De acordo com a National Geographic, isso já está acontecendo em alguns lugares. Por exemplo, em um dia muito quente no estado de Victoria, na Austrália, muito motoristas publicaram fotos do asfalto derretendo após ele alcançar uma temperatura de quase 100 graus. E as estimativas para 2040 é que essa temperatura pode chegar a casa dos 120 graus, o que só piorará a situação.
O retorno de bactérias antigas
Se já não bastassem as diversas teorias que afirmam que os zumbis podem dominar o planeta um dia, saiba que outra bizarrice que pode aparecer por aí é o retorno de bactérias consideradas anteriormente mortas.
A BBC informou que em agosto de 2016, 20 pessoas na Sibéria foram hospitalizadas após entrarem em contato com o anthrax. Cientistas acreditam que a bactéria mortal veio da carcaça de um cervo morto, que estava enterrada no solo permafrost há 75 anos. Como o solo derreteu após um verão mais quente que o normal, esses micro-organismos acabaram despertando.
E para deixar tudo mais assustador, existem bactérias muito piores por aí que estão adormecidas da mesma forma.
A possível extinção do chocolate
Por fim, outra consequência bizarra das mudanças climáticas, que será terrível para muita gente, é a possível extinção do chocolate.
O site Business Insider afirmou que se nada for feito, o chocolate pode desaparecer até 2057. O motivo é que o cacau só cresce na zona tropical do planeta, mas o local também está sofrendo com essas mudanças, como falta de chuvas e temperaturas muito altas, o que pode afetar a produção do fruto.
Por conta disso, a Mars, empresa responsável por produzir diversas marcas de chocolate no planeta, está tentando criar uma variedade de cacau que é mais resistente a esses efeitos. Os chocólatras de plantão agradecem.
Fonte: Grunge