Na última quarta-feira (17), a maconha passou a ser legal no Canadá. O país é o segundo no mundo, ao lado do Uruguai, a autorizar o uso da droga. O governo canadense também estuda perdoar os usuários já fichados por posse de 30 gramas ou menos de maconha.
Tom Clarke, de 43 anos, foi um dos primeiros a vender legalmente maconha recreativa quando sua loja em Newfoundland, província ao leste do Canadá, abriu à meia-noite desta quarta.
Clarke cultivava a planta ilegalmente no país há 30 anos. No ensino médio, ele chegou a escreveu em seu anuário que seu sonho era abrir um café em Amsterdã, a cidade holandesa onde as pessoas podem fumar maconha legalmente em cafeterias desde os anos 1970.
Pelo menos 111 lojas legalizadas devem ser inauguradas no país, mas nenhuma loja abrirá em Ontário, que inclui Toronto. A província mais populosa do Canadá ainda está aprovando as regras para a venda e não espera lojas até a próxima primavera.
Canadenses de todos os lugares podem encomendar produtos de maconha através de sites administrados por províncias ou revendedores privados e recebê-los em suas casas pelo correio.
Ryan Bose, 48 anos, um piloto da Lyft em Toronto, disse que já era hora. “O álcool levou meu avô e seu filho mais novo. A erva nunca tomou ninguém de mim”, afirmou.
O governo do primeiro-ministro Justin Trudeau gastou cerca de dois anos planejando a legalização, alimentando o desejo de trazer negociantes do mercado negro para um sistema regulado.
As províncias de Alberta e Quebec definiram a idade mínima para a compra aos 18 anos, enquanto outros optaram liberar a partir dos 19 anos.