O astrofísico Stephen Hawking é uma das mentes mais brilhantes a terem passado pelo mundo. E ele era tão brilhante quanto era cético. Em seu último livro, que foi publicado recentemente, o cientista afirma que não há possibilidade da existência de Deus em nosso universo, algo que ele defendeu durante toda a vida, para a desaprovação dos religiosos.
O livro, cujo título em tradução livre seria “Breves Respostas Para Grandes Questões”, compila respostas dadas por Hawking ao longo de toda a sua vida. Em determinado momento, o texto deixa clara a opinião do cientista a respeito da existência de Deus. “Eu acredito que o universo foi criado espontaneamente do nada. Se você aceita, como eu, que as leis da natureza são fixas, então não demora muito para perguntar: qual seria o papel de Deus?”, questiona Hawking.
O cientista sempre foi um grande defensor da teoria do Big Bang, que basicamente explica que o universo surgiu a partir de uma pequena singularidade, menor do que um átomo, que explodiu e deu origem a tudo que existe, seguindo as leis da física pré-definidas e imutáveis. Mas o que havia antes?
Para Hawking, não havia nada antes do Big Bang e por isso, não é possível haver um criador, já que este deveria existir antes do tempo em si, o que seria basicamente impossível.
Deus e os buracos negros
Hawking baseia sua crença na inexistência de uma inteligência criadora na física quântica. Ele explica que algumas partículas quânticas sub atômicas simplesmente podem sumir e aparecer aleatoriamente e que o universo pode ter iniciado dessa forma, aparecendo aleatoriamente, do nada.
Ele também cita os buracos negros, que consistem em estrelas que entraram em colapso e se tornaram centros de gravidade tão fortes que distorcem o espaço-tempo. Dessa forma, dentro de um buraco negro, não existe nada. Nem mesmo um criador.
